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Pelé lamenta morte de Capita: 'Infelizmente a gente tem que entender'

A morte do Capita: Craque por onde passou e autor de gol antológico

UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

25/10/2016 15h27

Pelé lamentou a morte de Carlos Alberto Torres, vítima de um infarto na manhã desta terça. O Atleta do Século XX relembrou os tempos juntos no Santos, seleção brasileira e Cosmos. Ambos conquistaram a Copa do Mundo de 1970, no México.

Foi de Pelé o passe para o golaço de Carlos Alberto na final contra a Itália, 4 a 1, no Mundial daquele ano.

Carlos Alberto Torres abraça Pelé no New York Cosmos. No fim dos anos 1970, o lateral foi com o Rei do Futebol desbravar o futebol dos EUA - Harry Hamburg/NY Daily News via Getty Images - Harry Hamburg/NY Daily News via Getty Images
Carlos Alberto Torres abraça Pelé no New York Cosmos. No fim dos anos 1970, o lateral foi com o Rei do Futebol desbravar o futebol dos EUA
Imagem: Harry Hamburg/NY Daily News via Getty Images

"Fico triste com a morte do meu amigo irmão Carlos Alberto, nosso querido "Capita", lembrando dos tempos que estivemos juntos no Santos, na Seleção Brasileira e no Cosmos, formando uma parceria vencedora. Fomos campeões no Santos, na Seleção e no Cosmos. Infelizmente a gente tem que entender isso e que a vida continua. Para a sua família mando minhas condolências", disse Pelé, em nota enviada por sua assessoria de comunicação.

Capitão do tricampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970, o ex-lateral Carlos Alberto Torres morreu aos 72 anos nesta terça-feira. O ex-jogador, que atualmente trabalhava como comentarista da Sportv, sofreu um infarto fulminante. O velório será na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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Carlos Alberto Torres fez sua última participação na emissora no último domingo durante o programa "Troca de Passes". Ele estava em sua casa no Rio de Janeiro quando sofreu o infarto. Segundo a TV Globo, Torres estava acompanhado do amigo e comentarista Ricardo Rocha quando começou a se sentir mal, chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.

Além de comentarista, Torres também era membro do Comitê de Reformas da CBF, grupo que estuda reformas em Código de Ética, Estatuto, Licenciamento e Registro, Calendário e Futebol Feminino. O grupo se reunia a cada dois meses para debater o assunto.

Carlos Alberto Torres marcou época no futebol brasileiro não só por sua passagem na seleção, mas também pela carreira trilhada em clubes do país, como Santos, Botafogo e Fluminense. Foi tricampeão carioca pelo time tricolor (1964, 1975 e 1976) e pentacampeão paulista na equipe santista (1965, 1967, 1968, 1969 e 1973).
Ao pendurar as chuteiras em 1982, quando atuava pelo New York Cosmos, Carlos Alberto Torres iniciou a carreira de treinador com o título brasileiro de 1983 com o Flamengo. Passou por diversos clubes até o trabalho no Paysandu em 2005, o seu último na profissão.

Mas a cena que ficará imortalizada em sua vida no futebol é a da Copa do Mundo de 1970, quando levantou a taça Jules Rimet ao término da campanha histórica. Foram seis vitórias em seis jogos de um time que reuniu Pelé, Tostão, Jairzinho, Gerson e Rivelino.