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Lucão revela dias de choro na infância no SP: "Virei homem aos 12 anos"

Lucão, zagueiro do São Paulo - Divulgação
Lucão, zagueiro do São Paulo Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

27/10/2016 06h00

Com o orgulho de já poder ser considerado uma realidade entre os profissionais do São Paulo, Lucão não cansa de olhar para o passado para buscar inspiração e força para continuar firme no sonho de representar a seleção brasileira e jogar na Europa.

Aos 20 anos, o zagueiro lembra dos momentos trancados no banheiro para poder chorar de saudade da família quando se concentrava em Cotia (Grande SP), no Centro de Treinamento para garotos do clube paulista. Antes disso, ele iniciou sua trajetória no futebol aos seis anos, no que chama de “terrão” de Brasília, para depois ainda passar no futebol de salão.

“Os banheiros na concentração eram separados dos quartos e eu poderia ir para lá e chorava muito. Sempre chorei, porque tinha saudade de casa. Chorava muito também porque era novo. Mas fui acostumando com o passar do tempo”, explicou.

“Meu tio só veio morar comigo aos 16, para ajudar a assinar meu primeiro contrato. Mas eu treinei no São Paulo dos 12 aos 16 anos na categoria de base e era aquela rotina de escola e treino. Eu morava sozinho e tinha todo o suporte. Foram três anos da mesma rotina e era bem rígido na minha época. Minha família sempre fala: eu deixei de ser criança e virei homem com 12 anos. Foi tudo muito positivo”, completou.

Buscando inspiração em Lúcio, zagueiro que esteve no pentacampeonato da seleção brasileira, o jogador também revela o choro de alegria que teve ao lado de sua família quando recebeu a notícia que teria uma chance entre os profissionais.

“Eu tinha 16 anos para 17. Estava na seleção sub-17 na época, jogando lá na Argentina. O Galo, treinador da época, conversou com o Ney Franco que treinava os profissionais. E ele me elogiou muito e deu a notícia sensacional. Foi incrível, você nem acredita. Já comecei a pensar que ia ser uma nova realidade. Foi uma felicidade extrema. A família inteira chorou”.

Criado com as raízes são-paulinas, Lucão não esconde o sofrimento de estar nesta época do ano com o objetivo de fugir do rebaixamento e com uma pequena chance de levar o time à Libertadores por causa da mudança de regra.

“Eu quero terminar o ano bem, diferente do que estamos vivendo hoje. O ano está sendo difícil e não queremos isso porque é o nosso nome que está ali. E se acontecer algo ruim será o nosso nome que fica manchado. A gente não quer isso agora porque somos novos”.