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São Paulo busca manter fatia grande e lucrar alto com futura venda de joias

David Neres marca o segundo gol do São Paulo contra a Ponte Preta - Rivaldo Gomes/Folhapress
David Neres marca o segundo gol do São Paulo contra a Ponte Preta Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

28/10/2016 06h00

Com uma nova safra de promessas chegando aos profissionais, o São Paulo quer evitar deixar de ganhar mais dinheiro nas vendas futuras, por isso buscou manter um percentual superior a 70% nos principais jovens.

David Neres, principal promessa da base são-paulina, tem 100% de seus direitos pertencentes ao São Paulo; Lucas Fernandes, 95%, e o centroavante Pedro, que tem tido oportunidades no time profissional, 90%.

De Lyanco, principal destaque dentre os jovens do setor defensivo, o clube detinha apenas 50%, mas procurou aumentar a porcentagem antes que o zagueiro se valorizasse e adquiriu mais 30%, chegando a 80%. De Luiz Araújo, que passou pela base do Mirassol, o São Paulo possui 70%.

Situação pode mudar em renovação, mas nova lei não permite “fatias”

Conforme os jogadores se firmem no profissional, podem ter seus contratos renovados – nesse cenário, é comum os jovens pleitearem uma parcela dos próprios direitos econômicos para algum caso de venda ao exterior.

Desde maio de 2015 investidores estão proibidos de possuir percentuais de direitos econômicos de jogadores – os contratos atuais foram firmados antes da nova lei, mas os acordos futuros precisam respeitá-la. Assim, o São Paulo só poderia ceder direitos, se assim quisesse, para os próprios atletas ou outros clubes.

Clube modificou política com jogadores da base

O São Paulo mudou nos últimos a política com os jogadores das categorias de base, que subiam aos profissionais com salários e luvas significativamente altos. Atualmente, o clube limita o salário do primeiro contrato profissional dos jogadores a R$ 8 mil – várias promessas da atual geração estão nessa faixa.

A direção acredita ter em mãos uma das melhores gerações ofensivas dos últimos anos, e se, por um lado, não tem pretensões de evitar a eventual venda dos jovens para a Europa, por outro tenta criar mecanismos para faturar alto com isso.