Goleador do Grêmio B é compadre de Luan e virou atleta movido por enchente
"Vi meus pais chorando, perdemos tudo com uma enchente. Respirei fundo e me motivei para dar tudo para eles. Decidi jogar futebol". Tais palavras montam o começo da carreira do centroavante Marcos Paulo, de 22 anos, que atua pelo time de transição do Grêmio. Ainda criança, viu os pais perderem tudo o que tinham em uma enchente no município de São Fidelis (cerca de 330 km do Rio de Janeiro), em 2009, quando tinha apenas 15 anos. Decidiu que daria o melhor a eles. Já conseguiu construir uma nova casa, ainda tem novos objetivos, e passa por ter mais oportunidades no ano que vem. E os gols - sete em sete jogos no segundo semestre - têm indicado que é possível.
"Graças a Deus consegui dar uma ajuda legal para minha família. Todos almejam isso, eu acho. Tenho um irmão que também jogou futebol, construímos uma casa para meus pais, para saírem do aluguel. Morávamos em uma zona de risco, perdemos tudo em uma enchente. Toda aquela correria sempre que chovia. Hoje demos uma condição um pouco melhor para eles. Mas quero mais. Quero que meu pai não trabalhe mais, ele tem uma certa idade e trabalha com serviço pesado. Penso em dar isso para eles, que descansem. A casa já conseguimos, agora tenho mais objetivos", disse antes de relatar ao UOL Esporte o caso ocorrido no Rio de Janeiro.
Com formação no Profut (equipe de base), ele foi rejeitado no primeiro teste que fez no Grêmio. Acabou indo para o Caxias, lá teve bom desempenho e foi contratado pelo Tricolor em 2013. Esteve emprestado ao Aimoré, ao Stabaek, da Noruega, e voltou para se tornar goleador do time de transição do Grêmio.
Compadre de Luan, mira no ano que vem remontar a parceria dos tempos de base. Para isso roga por uma chance, e tem dado argumentos para isso. Com contrato até o meio da próxima temporada, aguarda o período eleitoral do Tricolor para quem sabe renovar e poder já estar presente na pré-temporada com o time de Renato Gaúcho. Aproveitando ainda que a lacuna de centroavante está aberta e que a posição é prioridade para o ano que vem.
Confira a entrevista exclusiva completa de Marcos Paulo ao UOL Esporte.
Empréstimo a clube da Noruega
Foi uma experiência boa. Peguei - 30 graus de temperatura. Foi complicado. Joguei uma partida, fiz um gol, fui bem. Só que o problema foi o frio, não estava acostumado. Estava no Rio de Janeiro em férias, com 40 graus. Lá -30. Só eu de brasileiro no time, não entendia a língua... Aprendi muita coisa de ser profissional mesmo, lá tem isso. Passei um mês e pouco, quase dois.
Esperança de jogar no principal ano que vem
Com certeza. Minha expectativa é poder ao menos fazer uma pré-temporada com o principal. Estou vindo de um ano muito bom, sete jogos em sete gols, espero uma chance. Se não for para ser, vai ser em outro lugar, o importante é fazer meu papel, que é fazer gols. Não tive nenhum contato ainda, não me falaram nada. Até porque ainda tem eleição no Grêmio e ninguém sabe como vai ficar. Espero que me chamem, me olhem com carinho porque, querendo ou não, faço um bom papel como outros ali no transição.
Luan é da família
Ele é um dos meus melhores amigos, padrinho do meu filho, temos contato diário, nos vemos, nos falamos nos treinos... Ele está mais motivado ainda (depois do ouro olímpico) para conquistar mais títulos ainda no Grêmio. Gostou do gostinho de ganhar um título e quer mais. Ele sempre fala que queria que voltássemos a jogar juntos. Jogamos na base e tivemos uma boa dupla de ataque, temos toda essa expectativa para jogarmos juntos de novo.
Características
Sou um jogador de área, só que gosto de sair um pouco, participar do jogo. Não sou um jogador fixo, gosto do contato, de participar da criação de jogadas.
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