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Ex-volante Dinho, um dos símbolos da raça do Grêmio, dá receita para final

Ex-volante Dinho ficou marcado como ídolo da torcida do Grêmio - Rogério Assis/Folha Imagem
Ex-volante Dinho ficou marcado como ídolo da torcida do Grêmio Imagem: Rogério Assis/Folha Imagem

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

22/11/2016 06h00

Poucos o conhecem pelo nome. Mas Edi Wilson José dos Santos inspirou muitos torcedores do Grêmio de hoje. Conhecido por apenas cinco letras: Dinho. E muito mais do que isso em campo. Foi ele que ajudou a desenvolver o 'espírito raçudo' do Grêmio depois dos ídolos mais antigos, como Renato Gaúcho e Hugo de León. Dinho é um dos jogadores do tricolor gaúcho a propagar o sentimento de guerra, de luta, de garra que mostrava em campo. Aos 50 anos, ele dá a receita para que se faça algo semelhante ao que ele fez usando azul, branco e preto. 
 
Dinho foi campeão da Copa do Brasil pelo Tricolor em 1997. Ganhou também dois Campeonatos Gaúchos, uma Libertadores, uma Recopa e um Brasileiro. Anos totalmente diferentes dos dias de hoje, quando o clube vive um jejum de 15 anos sem grandes conquistas. 
 
Mas a condição de ídolo de uma geração o torna apto a falar sobre como o time de Renato Gaúcho deve agir para bater o Atlético-MG na decisão que começa nesta quarta-feira, em Belo Horizonte. 
 
"Eu fico feliz que se lembre disso (dele ter ajudado a formar o espírito do Grêmio). Eu só dei sequência ao que muitos jogadores do Grêmio fizeram antes de mim. Formamos uma identidade de time, que sempre acompanhou o Grêmio. E é assim que se precisa jogar hoje, do mesmo jeito que fazíamos no passado, com vontade, com força, se entregando ao clube", disse ao UOL Esporte
 
Não foram poucas vezes que se atribuiu a Dinho um estigma de violento. Uma confusão injusta na avaliação dele. Se tratava da forma de jogar, da imposição pela força que outras tantas vezes o fez se envolver em brigas, como com Válber em um Grêmio x Palmeiras pela Libertadores. "A gente jogava forte, não era violento", explicou. 
 
Anos depois, Dinho acredita que ser ofensivo possa acabar levando o time gaúcho ao título e confia no trabalho de Renato. 
 
"O Grêmio está no caminho certo e o Renato conseguiu resgatar isso. Os jogadores estão jogando com mais alegria. Isso não significa que com o Roger isso não estivesse acontecendo. Mas estamos notando que os jogadores estão dando um pouco a mais desde que o Renato chegou. Não sei o que houve no vestiário, mas estou muito confiante e sentindo isso", explicou. "Dentro de campo, tem que jogar como foi contra o Cruzeiro em Minas. Não adianta pensar que vai jogar um jogo fácil. Não. Tem que ir jogando para ganhar fora de casa, não pode ser fechadinho, tem que jogar como jogamos contra o Cruzeiro, o jogo de volta é outra coisa, completou. 
 
O Grêmio abre a final da Copa do Brasil diante do Atlético-MG nesta quarta-feira. Uma conquista quebra um jejum de 15 anos sem feitos importantes. Há nove que a equipe gaúcha não disputava uma final fora do âmbito estadual. 
 

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