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O que se sabe e o que não está confirmado sobre a tragédia da Chapecoense

Do UOL, em São Paulo

29/11/2016 15h51

O avião que transportava a delegação da Chapecoense a Medellín, na Colômbia, para o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, caiu na madrugada desta terça-feira (29), quando se aproximava do aeroporto José María Córdova. Veja o que já se sabe e o que não está confirmado a respeito da tragédia.

Sobreviventes

Segundo a Aviação Civil colombiana, 71 pessoas morreram - o número inicial era de 75, mas quatro pessoas não embarcaram de última hora. Seis sobreviveram à queda do avião: os jogadores Follmann, Neto e Alan Ruschel, o jornalista Rafael Henzel e os tripulantes Ximena Suárez e Erwin Tumiri.

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Entre os sobreviventes confirmados, o lateral Alan Ruschel está em estado grave, mas estável. Ele sofreu uma fratura em uma vértebra da coluna, passou por cirurgia e corre o risco de ficar paraplégico.

Já o goleiro Follmann também foi operado e teve a perna direita amputada, com autorização da família, segundo informou o hospital San Vicente. O jogador está em processo de estabilização da cirurgia.

O zagueiro Neto foi o último a ser resgatado com vida do local do acidente e também chegou em estado grave ao hospital, com traumatismo craniano e fraturas expostas. Ele passa por cirurgia.

A situação do goleiro Danilo sofreu um desencontro de informações inicial, com algumas fontes citando o atleta como sobrevivente. Mas no fim do dia foi confirmado oficialmente por autoridades colombianas que o atleta, apesar de ter sido resgatado com vida dos destroços, não resistiu aos ferimentos e morreu após ser encaminhado ao hospital.

Causas do acidente

As investigações sobre os motivos da queda do avião, comandadas pela Procuradoria-Geral da Colômbia, ainda estão em estágio inicial. As principais hipóteses são que a aeronave tenha ficado sem combustível ou que tenha sofrido problemas elétricos.

Segundo Alfredo Bocanegra, diretor da Aviação Civil colombiana, o registro da comunicação do avião com funcionários de aviação da Bolívia sugere a falha elétrica. Porém, segundo o depoimento de Ximena Suárez, uma das tripulantes sobreviventes, a falta de combustível teria sido o problema.

Uma das possibilidades é que o avião tenha sido forçado a dar voltas em torno do aeroporto por causa do pedido de prioridade de pouso de outra aeronave, que havia declarado estado de emergência.

O ministério dos Transportes da Colômbia informou que as caixas-pretas do avião foram encontradas, o que deve ajudar no esclarecimento das causas do acidente.

A empresa aérea que transportava a delegação é a Lamia, da Bolívia. Segundo a Aviação Civil boliviana, a aeronave foi inspecionada no aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, antes do embarque da Chapecoense, e não apresentou problemas.

Consequências esportivas

A Conmebol cancelou a decisão da Copa Sul-Americana, e o presidente da entidade, Alejandro Domínguez, embarcou para Medellín. A diretoria do Atlético Nacional solicitou à Conmebol que a Chapecoense seja declarada campeã do torneio, e a torcida do clube colombiano fará uma homenagem ao time brasileiro no estádio Atanasio Girardot, nesta quarta-feira (30), no horário em que o jogo de ida da final seria realizado.

Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos já anunciaram, por meio de nota oficial conjunta, que vão emprestar gratuitamente jogadores para a Chapecoense no ano que vem. Também há uma mobilização para que o clube catarinense não seja rebaixado nas próximas três edições do Campeonato Brasileiro, independentemente de sua posição na tabela.

24 Comentários

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Augusto Fajardo

O q sempre li sobre segurança de combustível para viagens de avião, é q eles carregam o suficiente para ir e voltar. Mas as informações deste caso são contraditórias, pq a capacidade dos tanques do avião são para o percurso apenas, e ele não fez escalas para reabastecer. Se isto for verdade, será um acidente q ocorreu por total irresponsabilidade do comandante, q aceitou correr riscos exagerados. Qualquer imprevisto q demandasse voar um pouco a mais, causaria a falta do combustível e a queda. Se for verdade, será uma insanidade total do piloto, ou de quem quer q seja q tomou essa decisão. Seguir regras é muito importante, nas questões de segurança. Embora incomodem, são feitas para salvar vidas. Um dos sobreviventes, dá exatamente esse testemunho.

fm1a7ui1fmsw

Existe um culpado, pois do nada uma tragédia não acontece e quem será? Erro do piloto ou imprudência por ter viajado a noite com tempo ruim? Da ANAC? Colisão proposital por outra aeronave? (caso Legacy) Falha elétrica devido ao tempo de uso do avião? Sabotagem na aeronave? (De algum grupo de interesse) Quem é o culpado?