Vítima de queda em voo da Chape foi pai há 4 meses e tem irmãos no futebol

Desligado recentemente do Ceará após a disputa da Série B, Guilherme, o irmão mais velho que tem 22 anos, prefere não acreditar no ocorrido. 

 

"Não tem o que dizer, é muita tristeza, ninguém quer acreditar, enquanto não vermos o corpo, não vamos acreditar", disse ao UOL Esporte. "Estamos vendo as notícias, é outro país não tem como ir até lá, nem arriscar depois disso que aconteceu, vamos esperar e amanhã ou depois alguém da família vai lá a Chapecó para ver como está tudo. Não é só a gente, tem muita gente envolvida", completou. 

 

O mais jovem, Gabriel, de 17 anos, ainda joga na base do Grêmio, onde todos foram formados atletas. Guilherme e Matheus tiveram o mesmo destino, os direitos vendidos ao Hoffenhein, da Alemanha, e um registro no Barra FC, de Santa Catarina, para evitar transferências internacionais no acerto com clubes brasileiros. 

 

Por viverem no futebol, todos passarão por momentos semelhantes ao do irmão, vítima da queda do avião nesta madrugada. E a cada momento lembrarão do ocorrido dele. 

 

"É muito difícil, buscamos nossos sonhos e o dele foi interrompido, tenho certeza que está feliz onde estiver. Vamos correr por ele chegar onde queria chegar", completou. 

 

 

Matheus havia acabado de ser pai. Há quatro meses nascia o primeiro filho do jovem atacante, que sequer chegou a ser conhecido pelo irmão. "Ele estava bem, jogando, feliz, tinha virado pai, há 4 meses, e estava com uma sequencia de jogos, titular. É uma tristeza muito grande", finalizou.