Jornal: Plano de voo foi questionado por falhas antes de decolagem
Um documento obtido pelo jornal boliviano El Deber e posteriormente pela TV Globo nesta quinta (01) pode apontar alguns fatores pelos quais o avião da LaMia, que levava a equipe da Chapecoense para Medellín, não deveria ter deixado a cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
Celia Castedo Monasterio, responsável por revisar os planos de voo, assina o documento em que relata questionamentos sobre plano de voo feitos a Álex Quispe, um dos tripulantes da aeronave que caiu e uma das vítimas fatais do acidente.
O plano de voo foi apresentado à funcionária 1h antes do avião decolar. Castedo afirma ter questionado o tripulante sobre cinco tópicos. A principal observação era sobre o tempo de voo previsto de Santa Cruz de la Sierra até o aeroporto de Medellín. O tempo era exatamente igual à quantidade de combustível da aeronave, não prevendo possíveis atrasos.
O El Deber ainda descreve uma suposta resposta do tripulante Álex Quispe após receber as indicações de mudanças de Celia Castedo. Segundo a funcionária, o tripulante afirmou que foi o capitão do voo quem lhe passou as informações e "que o tempo de viagem era suficiente".
"Esta autonomia que me passaram é suficiente. Assim, não apresento mais nada. Vamos fazer o plano em menos tempo, não se preocupe. É assim mesmo, isso está bem. Nos deixe ir”, diz o documento descrito pelo periódico boliviano.
A Lamia nega que não houvesse combustível suficiente para concluir o trajeto em segurança. Representantes da empresa, porém, não souberam informar porque o avião não realizou uma parada para reabastecimento em Bogotá. Já Celia Castedo Monasterio foi afastada de suas funções nesta quinta-feira (01).
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