Lamia é suspensa por Aeronáutica da Bolívia; diretor de agência é afastado
O Ministério de Obras Públicas, Habitação e Serviços da Bolívia anunciou nesta quinta-feira (1) que afastou o executivo responsável pela Diretoria Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) e abriu investigação por conta do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense nas imediações de Medellín, na Colômbia. Além disso, a empresa Lamia foi suspensa de voar no país.
O curioso é que anúncio da suspensão foi feito pela DGAC minutos antes de o Ministério anunciar o afastamento de seu diretor, Julio Cesar Varela. A Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea (AAsana) também passará por uma investigação e não tem mais Tito Gandarillas como seu executivo.
Os anúncios feitos pelas autoridades bolivianas nesta quinta-feira são consequências da divulgação pela Aeronáutica Civil da Colômbia de que a pane seca é considerada a causa mais provável do acidente, já que a falta de alimentação é a explicação para a pane elétrica nos motores que acabaria por derrubar o avião. As autoridades estranharam o fato do primeiro sinal de alerta por falta de combustível. Foram sete minutos do aviso do piloto até o momento do choque da aeronave.
A Lamia foi a empresa responsável por levar os jogadores, comissão técnica e diretores da Chapecoense para a Colômbia. O voo que partiu de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, acabou sofrendo um acidente quando se aproximava do aeroporto de Medellin. 71 pessoas morreram e seis sobreviveram na queda.
O comunicado da DGAC não dá detalhes sobre os motivos que levaram à suspensão da Lamia. Em contato com o UOL Esporte, a agência disse que prestará mais esclarecimentos sobre a medida e sobre o afastamento da diretoria ainda nesta tarde.
"A Direção Geral de Aeronáutica Civil comunica que mediante a resolução administrativa nº 716 da data 29 de novembro de 2016, se suspende de maneira imediata o certificado de exploração de serviços aéreos e da permissão de operação dado a empresa Lamia Corporação", diz o comunicado.
Já em entrevista coletiva, o ministro Milton Claros disse que a suspensão é por tempo indeterminado. Ele ainda explicou que afastou o corpo executivo das agências para que não haja interferência na investigação. Além disso, o plano a longo prazo é rever todas as normas do setor aéreo no país.
“Será uma investigação interna não só para verificar as empresas aéreas, mas também todo o sistema de trânsito aéreo na Bolívia. Mas isso na seguinte etapa. Não podemos mesclar as coisas. A prioridade é investigação do que aconteceu especificamente neste acidente com essa empresa e que verifique os incidentes anteriores”, disse.
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