Topo

Mães de jogadores de rúgbi mortos nos Andes enviam carta à Chapecoense

Acidente com avião deixou jogadores de rúgbi mais de 70 dias presos na cordilheira - Divulgação
Acidente com avião deixou jogadores de rúgbi mais de 70 dias presos na cordilheira Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

02/12/2016 19h50

As mães dos jogadores uruguaios de rúgbi - que sofreram um trágico acidente aéreo de 1972, quando o avião caiu na Cordilheira dos Andes e matou 29 pessoas – enviaram uma carta por meio das redes sociais para se solidarizar com os familiares dos atletas da Chapecoense, vítimas de um incidente parecido na última terça-feira.

“É difícil, em circunstâncias como estas, pensar além da dor, mas vocês têm toda a nossa solidariedade e empatia", publicaram no Facebook as mães, que fazem parte da Biblioteca Nuestros Hijos, uma fundação que mantém viva as lembranças dos sobreviventes daquele acidente aéreo.

O desastre, conhecido como "A Tragédia dos Andes", marcou a vida de 16 jogadores de uma equipe de rúgbi, que sobreviveram 72 dias na cordilheira depois do avião em que eles viajavam se chocar com uma montanha em 1972.

O avião da Força Aérea do Uruguai levava 45 pessoas a bordo e caiu no dia 13 de outubro depois de um erro do piloto, que errou a rota da aeronave e começou a descer antes do tempo.

Dois meses depois, três dos sobreviventes saíram por uma travessia nas montanhas para procurar ajuda. Depois de dez dias, e de percorrer 55 quilômetros, encontraram um tropeiro e conseguiram avisá-lo que vinham de um avião que tinha caído nas montanhas.

Os outros 13 sobreviventes foram resgatados entre 21 e 23 de dezembro. O grupo sobreviveu alimentando-se de parte dos corpos dos companheiros já mortos e com água da neve derretida.

Confira na íntegra a carta publicada pelas mães:

Quarenta e três anos atrás, mas na Cordilheira dos Andes, mães, pais e irmãos de um grupo de atletas uruguaios viviam uma angústia como a que estão experimentando os seres queridos dos falecidos no acidente do avião que levava a equipe de Chapecoense.

Como, agora, uns viveram e outros ficaram na memória para sempre.

É difícil, em circunstâncias como estas, pensar além da dor, mas você têm toda a nossa solidariedade e empatia.

As mães de aqueles que não voltaram dos Andes fundaram a Biblioteca Nossos Filhos sublimando sua dor, para servir a outros e manter viva a lembrança de seus filhos. Desde aí abrimos nossos corações para as famílias e amigos das vítimas de Chapecó, Brasil.

Com informações da Ansa