Plano de voo marca saída Cobija e não Santa Cruz, diz investigador
O voo da companhia boliviana Lamia, que caiu na madrugada da última terça-feira e matou 71 pessoas, entre elas a delegação da Chapecoense, não deveria ter saído do Aeroporto Internacional de Viru Viru, localizado em Santa Cruz de la Sierra. Segundo o coronel Freddy Bonilla, secretário de segurança aérea da Aeronáutica colombiana e principal autoridade à frente da investigação, o plano de voo marcava partida de Pando, aeroporto localizado na cidade de Cobija, também na Bolívia.
"Quando o representante da empresa na Colômbia apresentou o pedido de autorização de voo, ele informou que o avião viria de uma cidade chamada Cobija", disse em entrevista a rádio Belgrano, reproduzida pelo jornal boliviano El Deber.
Ainda segundo a entrevista, autoridades colombianas só souberam que o avião estava vindo de Santa Cruz de la Sierra quando o piloto já estava em pleno voo.
Depois de sair de Santa Cruz de la Sierra, o avião deveria ter feito uma parada em Cobija para reabastecimento, em trajeto que duraria cerca de 1h30. Foi assim que a Lamia havia feito nas últimas viagens neste trajeto.
Assim, o avião ficaria parado menos de uma hora para o abastecimento, chegando ao destino final com combustível suficiente para pelo menos mais uma hora de voo, como exige a legislação boliviana.
O Ministério de Obras Públicas, Habitação e Serviços da Bolívia anunciou na última quinta-feira (1) que afastou o executivo responsável pela Diretoria Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) e abriu investigação por conta do acidente aéreo nas imediações de Medellín, na Colômbia. Além disso, a empresa Lamia foi suspensa de voar no país.
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