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Denúncias extracampo não me afetam em jogos, afirma Neymar

AFP PHOTO / LLUIS GENE
Imagem: AFP PHOTO / LLUIS GENE

Do UOL, em São Paulo

08/12/2016 18h53

Em entrevista divulgada nesta quinta-feira pela rede de TV por assinatura Gol T, da Espanha, Neymar comentou as denúncias de fraude fiscal nas quais foi envolvido. De acordo com o camisa 11 do Barcelona, o noticiário extracampo não afeta seu desempenho nas partidas.

“Esportivamente, não me afeta em campo, nos treinamentos. Quando vou jogar ou treinar, esqueço de tudo. Me concentro ali em meu trabalho”, disse o brasileiro, descontente com as notícias. “Meu pai sabe o que faz, porque sempre trabalhou para isso. As pessoas falam muitas coisas que não têm a ver, porque não sabem o que aconteceu de verdade”, acrescentou.

Neymar lamentou ainda o impacto das denúncias sobre sua família.

“Não digo isso por mim, mas por meu pai ou minha mãe, que passam por isso. Estou acostumado com a pressão, com as pessoas que falam coisas ruins, mas minha família não”, criticou. “As pessoas falam disso, que colocam as coisas assim, não pensam. Apenas falam. E se esquecem que do outro lado há seres humanos. Há pessoas quem têm coração, que têm sentimentos. Para minha família, os momentos têm sido complicados.”

Chapecoense

Em sua entrevista, o astro ainda comentou a tragédia da Chapecoense. Na madrugada de 29 de novembro, o voo que levava a delegação da equipe para a disputa das finais da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional caiu nos arredores de Medellín; ao todo, 71 pessoas morreram.

“Tem sido difícil, porque eu tinha amigos no voo. Sinto-me como ele. Passei toda minha vida em aviões e vou passar muitos mais. Por isso me coloco no lugar deles – no das vítimas, da família… É um momento muito difícil para eles, para a família, para os jogadores de todo o mundo. Poderia acontecer com qualquer um. Aconteceu com a Chapecoense. Espero que passe rápido, porque infelizmente é uma situação muito ruim”, disse ele, com homenagens em mente à equipe catarinense.

“Se tivesse marcado um gol no clássico, iria exibir a camisa da Chapecoense. Era o que podia fazer no momento. Algo como passar uma mensagem para ajudar, para dar forças às família, aos filhos dos pais que se foram… É difícil. São momentos muito complicados. É difícil para alguém que passa por isso.”