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Após mais de uma década, rivais mineiros terminam a temporada sem título

Nem Ábila e nem Robinho. Cruzeirenses e atleticanos não comemoram nenhum título em 2016 - Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro
Nem Ábila e nem Robinho. Cruzeirenses e atleticanos não comemoram nenhum título em 2016 Imagem: Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno, Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

09/12/2016 06h00

O ano de 1964 foi diferente para o futebol mineiro. O título estadual ficou com o Siderúrgica, equipe de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, que não tem mais uma equipe profissional. O feito não só impediu a hegemonia dos dois grandes da capital como também fez com que Atlético e Cruzeiro terminassem o ano sem levantar uma taça sequer. Desde então, o cenário negativo para os dois maiores do estado só se repetiu por duas vezes:  na temporada de 2005 e de 2016, os maiores rivais mineiros ficaram novamente na seca e sem nenhum título oficial.

Para se ter uma ideia, esta é só a segunda vez que nem Atlético e nem Cruzeiro dão uma volta olímpica sequer no ano. Além de não triunfarem nos torneios nacionais e internacionais, a dupla também tropeçou no estadual, torneio tecnicamente mais fraco do ano. Em 2005 deu Ipatinga e neste ano o América ficou com a taça.

Com maior investimento no futebol, o Atlético foi quem chegou mais perto em 2016. Foram duas finais, mas duas derrotas, para o América-MG, no Estadual, e para o Grêmio, na Copa do Brasil. Um duro golpe para os atleticanos, que tinham a expectativa de grandes resultados em 2016.

“A gente sai triste, decepcionado, porque a expectativa era muito grande, fizemos um investimento alto nos momentos certos. Agora é pensar em manter o elenco. Há muitos times com interesse nos jogadores. Temos quase dois meses para começar a Libertadores, não tem que desmerecer nada, é a quinta consecutiva. A gente sai vice e com o pensamento de disputar todos os campeonatos”, disse o presidente atleticano, Daniel Nepomuceno, após perder a Copa do Brasil para o Grêmio.

Já o Cruzeiro começou o ano com uma expectativa menor. Investimentos mais modestos e muitas apostas custaram caro ao clube celeste. Nenhuma final foi disputada em 2016. No Mineiro, queda na semifinal para o América e demissão do técnico Deivid. Após a aposta em Paulo Bento, Mano Menezes retornou à Toca da Raposa. Livrou a equipe de qualquer risco de rebaixamento no Brasileirão e até deu esperanças na Copa do Brasil, mas parou em outra semifinal, diante do campeão Grêmio. Mais um ano de decepções para os cruzeirenses, que depois do bicampeonato nacional, em 2013 e 2014, ainda não viram uma equipe suficientemente forte para voltar a ganhar títulos.

"Isso são coisas que acontecem, faz parte. Queremos sempre brigar por títulos em todos os campeonatos, mas infelizmente não foi assim nesse ano. Tivemos a oportunidade de chegar na decisão da Copa do Brasil, mas pegamos um adversário de muita tradição. Agora temos que fechar 2016 da melhor maneira possível para começar o próximo ano ainda melhor e com moral para buscar os títulos novamente", comentou o zagueiro Bruno Rodrigo.

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