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Maikon Leite se diz triste por insucesso no Palmeiras: "não tive sequência"

Maikon Leite não rendeu o que esperava com a camisa do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Maikon Leite não rendeu o que esperava com a camisa do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Marcello De Vico e Vanderlei Lima

Do UOL, em Santos e São Paulo

10/12/2016 06h00

Hoje atuando novamente no futebol mexicano (Toluca), Maikon Leite viveu altos e baixos no Palmeiras, clube o qual defendeu entre 2011 e 2012 e, depois, em 2015. Na primeira passagem, fez parte do elenco que, em julho de 2012, conquistou a Copa do Brasil. Meses depois, porém, acabaria rebaixado no Campeonato Brasileiro. Voltou ao time em janeiro de 2015, a pedido do técnico Oswaldo de Oliveira, mas reconhece: ficou devendo no clube.

O próprio Maikon Leite classifica o Palmeiras como a equipe por qual 'menos rendeu na carreira'. O motivo? Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o atacante de 27 anos lamenta a falta de oportunidades no time titular e diz que faltou sequência para engatar um bom futebol.

"Eu acredito que, no Palmeiras, foi a equipe que eu menos tive sucesso. Tive um título, tive o rebaixamento e não consegui jogar o que eu acredito que poderia jogar. Eu fico triste por isso, fiquei devendo no clube, mas isso faz parte do futebol. Eu tive um contrato longo e por isso eu tenho certeza que eu fiquei devendo muito no Palmeiras. Eu também tenho as minhas críticas", analisa o atacante, que dá detalhes sobre o insucesso na temporada de 2015.

"Com o Oswaldo [de Oliveira] foi uma coisa simples: eu vim do Atlas, fiz uma boa temporada lá, vinha bem e, com ele, eu lembro que fiz um jogo inteiro contra o Audax. Nós ganhamos, eu fiz o gol, e na outra partida eu fiquei no banco e não entrei; contra o Corinthians eu saí no intervalo, aí eu fiquei quase um mês e meio sem jogar. Joguei outra partida e depois eu não joguei mais, ou seja, eu não joguei duas partidas seguidas, então, qual jogador que vai ter um rendimento? Nenhum, faltou sequência para eu ter dado certo, mas fora isso não há do que reclamar, sempre respeitar a preferência dos treinadores", acrescenta Maikon.

Sport: voltaria de olhos fechados

Depois da segunda passagem pelo Palmeiras, Maikon Leite acertou com o Sport, em maio de 2015, para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Sul-Americana. Com Eduardo Baptista, foi titular em praticamente todos os jogos do time de Pernambuco, mas isso durou só até a chegada de Paulo Roberto Falcão. Com o novo treinador, o veloz atacante passou, aos poucos, a ser menos utilizado. Deixou o clube no fim de 2015, sem entender bem o que tinha ocorrido.

Maikon Leite comemora gol do Sport contra o Joinville - MARLON COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - MARLON COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: MARLON COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
"Não sei, não consegui entender. Eu comecei bem, do meio para o final que eu não tive a mesma sequência do começo, mas eu acredito que no geral foi uma boa temporada lá, e é um clube que eu voltaria de olhos fechados na primeira oportunidade. É um clube onde eu me senti à vontade, me senti em casa. Foi uma coisa que não deu certo de continuar, mas acredito que as portas estão abertas tanto do clube como a minha também porque foi um bom trabalho, e quem sabe no futuro a gente não pode voltar para o Sport", disse o atacante, que ainda negou qualquer tipo de problema com Paulo Roberto Falcão durante sua passagem.

"Quando o Falcão chegou ele teve outra preferência, e eu respeitei isso, obviamente, mas em relação a algum problema nós não tivemos, foi um cara que me tratou super bem. Eu entrei durante alguns jogos com ele, mas, enfim, ele teve a sua preferência e eu respeitei e fiquei na minha, uma coisa normal do futebol. É claro que nenhum jogador gosta de não estar jogando, mas tem que respeitar. Foi um dos melhores elencos com que eu já trabalhei na minha carreira. O Sport conseguiu fazer um elenco com comprometimento, amizade, foi uma coisa fantástica. Mas tem momentos que você está bem e outros que você não está jogando, isso faz parte", acrescenta Maikon.

O gol mais importante da carreira

Maikon Leite comemora o primeiro gol do Santos contra o Mirassol - RICARDO SAIBUN/AGIF/AE - RICARDO SAIBUN/AGIF/AE
Imagem: RICARDO SAIBUN/AGIF/AE
Revelado pelo Santo André, Maikon Leite ganhou destaque depois de ser contratado pelo Santos, onde, segundo ele, viveu um período inesquecível e marcou o gol mais importante de sua carreira. Foi em 2012, pela Copa Libertadores. O Santos de Muricy Ramalho estava em situação complicada e precisava de uma vitória sobre o Cerro Porteño, no Paraguai, para seguir com chances de classificação às oitavas de final. E assim foi. Bateu os anfitriões por 2 a 1, garantiu a vaga para as eliminatórias no próximo jogo, contra o Táchira, e depois se sagrou campeão do torneio continental.

O gol de Maikon Leite foi o segundo do Santos sobre o Cerro. Ele aproveitou assistência de Ganso e bateu rasteiro para manter o time da Vila Belmiro vivo na competição. "O Santos foi onde eu apareci para o futebol, campeão paulista, campeão da Libertadores, foi um período que não tem como esquecer. Teve aquele meu gol contra o Cerro [Porteño] pela Libertadores, foi um gol que vai ficar marcado na história do Santos. Se a gente empatasse estaríamos fora, e este meu gol vai ficar na história, foi o gol mais importante da minha vida", recorda.

Nova passagem pelo México

Com contrato até a metade de 2017 com o Toluca, Maikon Leite defende seu segundo clube no México - em 2014, ele jogou pelo Atlas. Feliz no país, o atacante vem gostando do que vê e faz comparações com o Brasil.

"O campeonato aqui é muito competitivo. Em relação ao Brasil, as equipes aqui são mais parelhas, não tem muita diferença de uma equipe para outra e o calendário aqui é mais organizado que o do Brasil. Quando joga a seleção aqui não tem jogos, todo mundo para, nenhuma equipe perde jogador para a seleção, então isso aí eles estão um pouco à frente do futebol brasileiro. E o jogador brasileiro, quando vem para cá, sente um pouco até porque o futebol aqui é mais corrido que no Brasil, não tem muita parada, qualquer encostadinha de falta aqui o jogo segue mais, que nem a Libertadores", completa o jogador, casado e pai de um menino e uma menina.

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