Jogadores do Nacional precisaram de psicólogo após tragédia da Chapecoense
Superar a tragédia envolvendo o time da Chapecoense não está sendo uma tarefa fácil nem mesmo para os jogadores do Atlético Nacional, que a partir de quarta-feira iniciam a disputa do Mundial de Clubes, no Japão. Grande parte dos atletas precisou ajuda do psicólogo do clube para superar a dor e até ter tranquilidade para encarar as mais de 20 horas até a Ásia.
Os trabalhos que já foram feitos e seguirão na agenda do elenco durante a estadia no Japão se dão em grupo ou com consultas individuais com o psicólogo Orlando Caicedo.
“Meu trabalho foi acelerar os cinco estágios da tristeza (negação, raiva, barganha, depressão e aceitação), e reduzi-la a dois três ou quatro dias. Para isso, usamos técnicas ortodoxas, convencionais e e aproximações com neuropsicoterapia”, explicou Caicedo em entrevista ao site da Fifa.
“A tragédia fez os jogadores mais vulneráveis do que qualquer um. Eles foram muito atingidos e pudemos ver isso no nosso dia dia. São muito sensíveis”, completou.
O psicólogo afirmou que o longo voo da Colômbia ao Japão serviu para avaliar o andamento do trabalho, uma vez que os atletas demonstraram apreensão após o acidente com o avião da Lamia.
“Tivemos um voo normal e os atletas se divertiram como quiseram, com tablets, celulares, filmes e livros. Eles até fizeram piada entre eles, o que é muito bom neste momento. Pudemos ver que a ansiedade, preocupação e medo não estão presente”, disse o psicólogo.
Para evitar que memórias do acidente e dos dias seguintes – marcados por luto e homenagem - venham à tona, o corpo médico do Atlético pediu para os jornalistas que evitem fazer perguntas sobre o incidente e foquem apenas na disputa da competição. “Quanto menos se recordarem, melhor será”, afirmou Caicedo.
O Atlético Nacional fez neste domingo o seu segundo treino no Japão. A estreia na competição será contra o Kashima Antlers (JAP), que bateu o Mamelodi Sundowns (AFS) neste domingo.
“Estamos tratando de fazer tudo para que as coisas sejam mais fáceis para os atletas e superem este momento para terem um bom desempenho e honrar aqueles que morreram”, disse.
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