Voo da Chape: controladora quebra o silêncio e diz que "tudo foi bem feito"
Quase três semanas depois do acidente com o avião da Chapecoense, a controladora de voo Yaneth Molina quebrou o silêncio e concedeu entrevista ao “Fantástico”, da “Globo”. Apesar de se negar a falar diretamente sobre o ocorrido, ela afirmou que, por parte do controle de voo, tudo foi bem feito.
Na entrevista, ela também disse esperar visitar a cidade de Chapecó um dia. “Sou solidária nessa situação tão dolorosa. Agradeço pelo apoio que recebi e espero algum dia visitar Chapecó, acompanhar as famílias, participar de alguma cerimônia religiosa. E que todos estejam seguros de que, pelo controle, tudo foi bem feito”, afirmou.
Poucos dias após o acidente, Yaneth divulgou uma carta e afirmou ter sido vítimas de ameaças. Ela, inclusive, disse ter feito tudo que era possível. Ao “Fantástico”, ela explicou o motivo de ter escrito a carta.
“Era como eu me sentia no momento. Comecei a receber pelas redes sociais, mensagens agressivas. Então, eu quis escrever, de início, só para os meus colegas do trabalho para dizer que fiz tudo o que era tecnicamente obrigatório e humanamente possível”.
Rejeitando falar sobre o acidente especificamente, Yaneth comentou sobre os padrões utilizados pelos pilotos em situações de perigo. De acordo com ela, em casos de queda iminente, a palavra mundialmente utilizada é “mayday”, algo que não foi dito pelo piloto do voo da Chapecoense.
“Enfrentei situações em que o piloto pede prioridade, isso é diferente. A prioridade, ela supõe que exista um tempo, uma folga, para gerenciar as circunstâncias. Em alguns casos, essa prioridade pode se converter em emergência”, explicou, dizendo que não teria como saber o quão preocupante estava a situação do voo.
“Para que isso aconteça, a palavra que tem que ser usada mundialmente pelo piloto é ‘mayday’”.
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