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Fla toma partido em briga por Maracanã. E o Flu assiste tudo de camarote

Gilvan de Souza/Flamengo
Imagem: Gilvan de Souza/Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/12/2016 06h00

Após o fim das Olimpíadas e a desistência da Odebrecht em seguir no comando do Maracanã, uma briga foi instaurada no Rio de Janeiro. LU Arenas (Largardère/BWA) e CSM disputam para ver que assumirá o estádio. Enquanto isso, Flamengo e Fluminense, maiores interessados nessa decisão, acompanham o duelo de maneira distinta.

Inicialmente, o Flamengo tem como objetivo assumir o Maracanã, mas sabe que essa situação é muito pouco provável. Assim, tomou partido na briga entre as empresas candidatas. Existe uma favorita (CSM) e outra a qual se opõe (Largardère/BWA).

O Rubro-negro já emitiu algumas notas oficiais e explicou o porquê de se opor à Largardère/BWA. Segundo o clube, a empresa não corresponde nos quesitos transparência e credibilidade. O Flamengo lembra ainda que o América-MG, dono do Independência, acusa a BWA de não repassar há 10 meses o percentual do clube nos ganhos.

Por esses motivos citados, o Flamengo prefere fazer negócio com a CSM, que pretende deixar todo o protagonismo com o clube. A empresa mantém contato regularmente com o Rubro-negro, que sente confiança em uma possível parceria no futuro, caso consigam levar a melhor sobre os franceses. Se isso não ocorrer o clube ameaça não jogar no Maracanã.

O Fluminense, por sua vez, assiste ao duelo de camarote. Isso porque, ao contrário do Flamengo, que assinou até o fim de 2016, o Fluminense tem contrato pelos próximos 32 anos. Contrato este que o Tricolor está muito satisfeito e não tem qualquer objetivo de abrir mão.

“Temos um contrato extremamente vantajoso que por enquanto está de pé. O consórcio Maracanã segue lá. Qualquer parceiro, desde que respeite os interesses do Fluminense, respeite a grandeza do clube, pode vir a estar conosco. Não existe porta fechada. Flu está sempre atento ao que atende o interesse do clube. Esperamos continuar com o Maracanã, com o nosso contrato, e eventualmente negociando um ou outro ponto que seja interessante para ambas as partes”, explicou o presidente do Fluminense, Pedro Abad.

Sendo assim, o Fluminense não teria problema em trabalhar com o ‘desafeto’ do Flamengo. A Largardère/BWA, inclusive, já se pronunciou de maneira positiva sobre a possibilidade de respeitar o atual contrato com o Fluminense em caso de vitória na licitação.

“O interesse no Maracanã existe desde 2013, época da primeira licitação, e em 2014 entramos no Brasil adquirindo ativos de arena da BWA. E vale ressaltar que o Fluminense tem um contrato ativo e já se pronunciou que o agrada. Não haverá problema”, afirmou Aymeric Magne, diretor da empresa francesa Lagardère, ao jornal Globo.

A decisão da licitação para saber qual empresa assumirá o Maracanã era prevista para a última quinta-feira (dia 23), mas o Governo do Estado pediu adiamento desse prazo para o dia 6 de janeiro.

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