Topo

Vice convoca reunião no Corinthians e expõe crise nas finanças para 2017

André Luiz de Oliveira, vice do Corinthians, convocou reunião  - Arquivo Pessoal
André Luiz de Oliveira, vice do Corinthians, convocou reunião Imagem: Arquivo Pessoal

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

05/01/2017 19h14

Pouco ativo nos dois primeiros da gestão do presidente Roberto de Andrade, o vice André Luiz de Oliveira, mais conhecido como André Negão, convocou reunião com os diretores do Corinthians nesta quinta-feira. O encontro ocorre no fim da tarde, no Parque São Jorge, e visa expor a situação delicada das finanças corintianas. 

Na quarta, em encontro com André Negão e com o ex-presidente Andrés Sanchez, o diretor financeiro Emerson Piovesan forneceu uma série de detalhes sobre os dois primeiros anos da gestão, sobre dívidas e também quanto ao atual momento. A conclusão geral foi de que a situação, considerada bastante difícil por quem esteve na reunião, precisava ser transferida a todos os diretores.

O presidente Roberto de Andrade, desde o fim do ano, está de férias em Orlando, nos Estados Unidos. Na ausência dele, André Luiz voltou à rotina diária do Parque São Jorge. Há um movimento para que, em 2017, ele seja mais participativo ao lado de Roberto no comando do Corinthians. 

No fim do ano passado, pela primeira vez na administração de Roberto, o Corinthians atrasou salários dos jogadores por problemas com alguns de seus fornecedores. Para honrar os pagamentos com o elenco, o clube teve de recorrer a um empréstimo com o agente Fernando Garcia. Há a preocupação de que o problema volte a ocorrer em 2017. Hoje, há atrasos pelas compras de Giovanni Augusto (Atlético-MG) e Marlone (Penapolense). 

Para os diretores, o vice-presidente André Luiz pretende explicar que duas medidas precisam ser tomadas para frear o problema financeiro no último ano: despesas precisam ser reduzidas e receitas alternativas devem ser criadas. A folha salarial do futebol, por exemplo, é de R$ 9,5 milhões no momento, valor considerado alto. 

Segundo a avaliação dos dirigentes, não há grandes previsões de entradas de dinheiro neste ano. Em 2016, a Globo pagou R$ 85 milhões de luvas pela renovação dos direitos de transmissão do Brasileirão e o clube ainda fez uma série de negociações de atletas com o exterior. Agora, a maior receita prevista é referente às parcelas do pay-per-view da Série A e não há perspectivas de grandes arrecadações com transferências.