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Apoiado pelo avô e da vila de pescadores ao Grêmio. Quem é 'El Toro'

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Imagem: Divulgação

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

11/01/2017 04h00

O principal reforço do Grêmio para 2017, até aqui, virou jogador de futebol por influência do avô. Muito antes de virar artilheiro do campeonato uruguaio e chegar ao Brasil, Gabriel Fernández foi levado ao Pablan de Pajas Blancas, no balneário de mesmo nome. Ali, em uma vila de pescadores, o jovem virou ‘El Toro’.

Apesar de já estar no Brasil, Gabriel Fernández ainda não assinou e nem foi anunciado pelo Grêmio. O Tricolor e o jogador aguardam o resultado de uma ressonância magnética para definir ou não a negociação.

Pajas Blancas fica a cerca de 30 quilômetros de Montevidéu e é conhecida pela colônia de pescadores e também pelo terremoto de 5,5 na escala Richter, registrado em 1888. Fernández nasceu em Montevidéu, mas foi criado lá.

O Pablan de Pajas Blancas é um clube de formação de jovens. Aos 10 anos, Gabriel Fernández foi levado pelo avô até o treinador do ‘time baby’.

“Meu vô falou para o treinador: ‘olha o que eu te trouxe’. E o técnico disse: ‘Tourão’. Ali eu peguei o apelido”, contou Fernández em entrevista à Tenfield.

Mais alto e forte que os outros garotos, o atacante foi se destacando. Ganhando espaço. Depois passou pelas categorias de base do Bella Vista e chegou ao Defensor. Lá, jogou a Copa Libertadores sub-20 em 2012 e depois apareceu no elenco principal.

Apesar do cartaz, não conseguiu jogar e foi emprestado ao Cerro Largo e depois chegou ao Racing de Montevidéu. Na primeira passagem, não deslanchou. Somente no torneio de transição, em 2016, a carreira despontou.

Na temporada passada, Gabriel Fernández marcou oito gols em 15 partidas e chamou atenção do Grêmio. Os gols marcados de diferente forma referendaram a investida para ter o jogador como o 'fazedor de gols' para esta temporada.

“Ele é muito forte, tem um chute potente e cabeceia bem. Não sei como vou fazer para montar o time sem ele, sinceramente. Fará muita falta aqui”, disse Ney Morales, treinador do Racing.

Apesar do apelido, Fernández não é apontado como um jogador violento. Os relatos indicam um jogador calado e que jamais teve ato de indisciplina nos clubes.

"É um jogador muito bom, excelente pessoa. Tranquilo, amável e alegre. Companheiro de todos. Todos gostavam dele. Nós voltamos aos treinos na semana passada e ele trabalhou até o fim, só saiu quando realmente estava perto de viajar", contou Morales.

O Grêmio pagará cerca de dois milhões de dólares (R$ 6,5 milhões na cotação atual) ao Racing-URU. O time charrua ainda ficará com parte dos direitos para lucrar com possível venda futura.

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