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Michel Bastos pula muro por redenção e quer mudar imagem de polêmico

Danilo Lavieri e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

13/01/2017 04h00

Michel Bastos está em busca de redenção e viu no Palmeiras a sua chance ideal de “mostrar quem realmente é”. Em sua apresentação na Academia de Futebol, na última quinta-feira (12), o meio-campista não cansou de repetir que está disposto a provar que “não é o cara que todo mundo falou nos últimos meses”.

Arredio às entrevistas, ele admitiu que viveu momentos difíceis e que precisou se apoiar na família para aguentar. No São Paulo, ele chegou a pedir silêncio para a torcida. Depois, em um outro momento, foi vítima de agressão em uma invasão no CT são-paulino.

Muitas vezes criticado pela sua falta de vontade dentro de campo, ele ganhou até o apelido de “Migué” Bastos e chegou a ser apontado como protagonista de uma briga interna no elenco.

“Eu vim para cá sabendo que vocês iam fazer essas perguntas. Eu não sei de onde tiraram que eu tenho problemas de grupo, que eu tenho problemas de relacionamento. Eu saí do São Paulo e deixei muitos amigos lá. Não sei se foi jogador, se foi diretor. Não sei o que aconteceu. Eu quero mostrar quem é o verdadeiro Michel Bastos e sei que só falar aqui para vocês não vai adiantar. Eu quero mostrar dentro de campo”, afirmou.

“Depois do episódio (ele foi agredido por torcedores no CT), eu fiquei muito com a família, que se preocupou muito com essa situação”, explicou. “Claro que eu oscilei um pouco, mas a equipe inteira oscilou. Não estava em um bom momento tecnicamente e a cobrança da torcida a gente precisa entender”, completou.

No Palmeiras, o jogador espera encontrar o ambiente ideal para dar a volta por cima. Atual campeão brasileiro e com uma estrutura “de dar inveja a times da Europa”, como o próprio definiu, a equipe pode ser o local ideal para recuperar o prestígio que já teve até para disputar a Copa do Mundo pela seleção brasileira.

Com contrato de dois anos, o atleta se colocou à disposição para atuar onde Eduardo Baptista precisar. Aos 33 anos, ele se chama de “moleque” e promete correria onde for escalado.

“Eu quero ser feliz. Eu vim aqui para isso. Eu tenho certeza que o Palmeiras me dá todas as possibilidades de ser feliz. Essa estrutura sensacional, um grupo extremamente qualificado... Que seja um tempo de alegria. Vou me cuidar o máximo aqui e com a cabeça tranquila eu vou só jogar futebol. Se tem expectativa para me ver em campo é porque já fiz coisa boa”, completou.

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