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Técnico do Atlético-GO foi encontrado em motel e não foi vítima de crime

Marcelo Cabo foi encontrado na noite da última segunda-feira - Divulgação/Atlético-GO
Marcelo Cabo foi encontrado na noite da última segunda-feira Imagem: Divulgação/Atlético-GO

Do UOL, em São Paulo

17/01/2017 10h24

A Polícia Militar do Estado de Goiás deu detalhes na manhã desta terça-feira (17) sobre o sumiço do técnico Marcelo Cabo, que havia desaparecido na madrugada de domingo (16). Em entrevista coletiva realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública, a PM disse que o treinador foi encontrado em um motel próximo à estrada, em Aparecida de Goiânia, por volta das 20h (de Brasília), e não foi vítima de nenhum crime.

“Localizamos o técnico Marcelo Cabo próximo à estrada. Ele foi encontrado com a ajuda dos policiais de Aparecida e de Goiânia. Ele foi entregue à diretoria e passa bem. Posteriormente, a diretoria e o próprio técnico vão prestar declarações sobre o sumiço. A Polícia fez a parte dela. Importante esclarecermos isso. Nenhum dissabor e nenhum mal ocorreu a ele”, disse o tenente coronel Ricardo Rocha.

Sequestro, assalto ou qualquer tipo de violência foram descartados pela Polícia Militar de Goiás. “Não teve cometimento de crime nenhum. Ele não foi vítima de nenhum crime", acrescentou Ricardo Rocha.

De acordo com a Polícia, Marcelo Cabo conseguiu ser encontrado por meio de informações do taxista que o levou até o motel. A Polícia disse ainda que não informará se Marcelo Cabo estava acompanhado e afirmou que essa resposta tem que ser dada pelo treinador.

Marcelo Cabo foi dado como desaparecido ainda na manhã desta segunda-feira, após não comparecer ao treino do Atlético-GO. Ele havia sido visto pela última vez na madrugada (3h02) de domingo (15). As imagens do circuito interno de segurança do edifício onde o técnico mora, no Jardim Goiás, registraram o momento em que ele entrou no seu carro, estacionado à frente da portaria, e saiu.

Desde este momento, Marcelo Cabo ficou desaparecido e só foi localizado novamente na tarde desta segunda-feira (16), às 15h48. De acordo com o tenente-coronel da Polícia Militar Wellington Urzêda, ele foi visto chegando em seu prédio em um táxi, que desceu para o subsolo. Ele permanecer pouco menos de dez minutos no prédio e voltou a sair, ficando novamente desaparecido.

Já na noite desta segunda-feira (16), após mais momentos de apreensão, finalmente veio a boa notícia: Marcelo Cabo foi encontrado pela Polícia Militar e passava bem.

Posição do Atlético-GO

Agora, o Atlético-GO conversará com Marcelo Cabo para definir qual será o futuro do treinador dentro do clube - uma reunião inclusive está marcada para estar tarde de segunda-feira. Adson Batista, diretor de futebol e vice-presidente do clube rubro-negro, garante que fará o melhor para o Atlético-GO.

"Vamos esperar eu falar com ele. Evidente que algum erro teve. Não sabíamos onde ele estava. Mas vamos ouvir o que ele tem para dizer. É uma situação que a gente tem que avaliar com muita calma, ouvir todas as pessoas do clube, é importante estar tranquilo. Acima de tudo está o Atlético-GO. Vamos aguardar os novos acontecimentos, graças a Deus o pior não aconteceu, e vamos procurar resolver tudo da melhor maneira possível", disse em entrevista à Rádio 730 AM.

"Evidente que tem o outro lado, o lado humano, um treinador que foi campeão pelo Atlético-GO, mas vamos avaliar com cautela. Tudo tem limite. Vamos conversar olho no olho e vamos nos posicionar", acrescentou.

"Eu tenho uma linha de trabalho, mas não posso crucificar ninguém. O Marcelo é um cara respeitado dentro do clube e essa situação será avaliada. Nos pegou de surpresa. Tudo tem limite e o clube tem uma imagem. Tudo será discutido internamente. Vamos conversar quando ele estiver equilibrado para isso", afirmou.

"O Atlético-GO não vai expor ninguém. Vai tomar as decisões que forem necessárias. Quem sou eu para ficar julgando as pessoas. Vamos ouvi-lo, avaliar o caso, é uma situação que pode acontecer com qualquer ser humano, então a gente precisa ter equilíbrio nesse momento e respeitar nossos objetivos nesse ano que o Atlético-GO completa 80 anos de idade", acrescentou.

"Temos que acima de tudo respeitar a entidade, temos patrocinadores, várias situações. Mas em nenhum momento eu quero acabar com a carreira do Marcelo. Não vou tomar decisão precipitada por respeito ao profissional importante que ele foi para o Atlético-GO.", completou.