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Roberto de Andrade vê impeachment descabido e cita até Nobre em sua defesa

Rodrigo Coca/Eleven/Estadão Conteúdo
Imagem: Rodrigo Coca/Eleven/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/01/2017 14h51

Alvo de um pedido de impeachment por parte de conselheiros do clube, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse que considera a base para o processo “descabida”. Em avaliação feita em entrevista à "Fox Sports", o dirigente disse que a efervescência nos bastidores do clube é consequência da instabilidade do time dentro de campo. Para defender seu ponto de vista, ele citou até a gestão do mandatário palmeirense Paulo Nobre.

“Nos primeiros dois anos do Paulo Nobre, queriam matá-lo. E depois ele virou o maior presidente da história do Palmeiras. É assim que as pessoas enxergam”, disse, referindo-se aos títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil conquistados pelo clube rival na parte final do mandato de Nobre.

O inverso, em sua avaliação, ocorreu em sua gestão. “Em 2015 tivemos um ano excelente em campo, fomos campeões brasileiros. Em 2016 não tivemos o mesmo êxito. Mas administrativamente não mudou nada”, disse.

Especificamente sobre o pedido de impeachment, Roberto de Andrade disse que não vê base que sustente a o processo. Ele é acusado de falsidade ideológica por assinar uma ata de assembleia do fundo que administra a arena e um contrato de exploração do estacionamento do estádio com datas nas quais ainda não era presidente.

“Eu acho a base deste impeachment desnecessária e descabida, puramente política. Decepção é comum, conhecemos o Corinthians, sabemos da maneira como conduzem as coisas quando o resultado em campo não aparece” disse.

“Eu estou muito tranquilo, sei que eu fiz, não tem irregularidade nenhuma. Acho que estou fazendo o melhor possível. É claro que atrelam a qualquer coisa a resultados de campo”, completou.

Relação com Andrés Sanchéz

Roberto de Andrade ainda disse que as discordâncias com o ex-presidente Andrés Sanchez não significam um rompimento.   

“Não de forma alguma. O fato de eu discordar dele que algo ele sugere, que a gente converse, não é rompimento. Ele é meu amigo, temos gratidão um pelo outro. Discordância pode existir. Ele não pensa igual a eu em tudo", explicou.