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Amistoso beneficente vira disputa entre torcidas Fla e Bota por W. Arão

Pedro Ivo Almeida e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/01/2017 22h18

O clima beneficente e recheado de homenagens não durou muito após a bola rolar para Brasil x Colômbia nesta quarta-feira (25), no Engenhão, no amistoso com renda revertida para familiares de vítimas de tragédia com o voo da Chapecoense. Mas nada com a seleção adversária. A disputa ocorria nas arquibancadas entre fãs dos times cariocas.

Torcedores de Flamengo e Botafogo se manifestavam a cada vez que Willian Arão encostava na bola. Enquanto os rubro-negros apoiavam o atleta do time, os alvinegros não perdoavam.

Nos primeiros minutos, eram gritos menos exaltados e algumas vaias. Mas o tempo passou e sobraram xingamentos. “Ei, Arão, vai tomar no c...”, gritavam os botafoguenses, enquanto os flamenguistas respondiam com provocações.

A disputa deu o tom nas arquibancadas durante boa parte do primeiro tempo. Os rubro-negros entoaram o canto de “Vamos, Flamengo”, enquanto os alvinegros permaneceram vaiando. O panorama só mudou a partir dos 30 minutos, quando os torcedores lembraram a finalidade do amistoso e o já tradicional “Vamos, Chape!” dominou as arquibancadas.

O duelo contou com apenas pouco mais de 18 mil pessoas na arquibancada. A organização havia disponibilizado 40 mil ingressos para serem vendidos.

Entenda o imbróglio entre Flamengo e Botafogo por Willian Arão

O Flamengo contratou o volante Willian Arão no final de 2015. A atitude revoltou o Botafogo, já que o clube depositou duas vezes na conta do jogador R$ 400 mil como dispositivo de renovação automática. Ambos foram devolvidos pelo atleta, que desejava se transferir para o Rubro-negro.

A Justiça tornou sem efeito a cláusula por entender que o contrato fere a nova resolução da Fifa que proíbe investidores de ter direitos econômicos de atletas. O caso corre nos tribunais com vantagem para o Flamengo. Já o Botafogo discorda da interpretação e insiste em brigar pelos direitos. No entanto, o imbróglio nem sequer tem prazo para ser definido. O “caso Arão” azedou a relação entre os rivais com uma série de desdobramentos, incluindo a Arena da Ilha, casa do Rubro-negro pelos próximos três anos.