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Três pontos que fazem Mattos ver Borja como inviável para o Palmeiras

Miguel Borja manifestou o desejo de vir para o Palmeiras, mas o clube não quer investir tanto - RAUL ARBOLEDA/AP
Miguel Borja manifestou o desejo de vir para o Palmeiras, mas o clube não quer investir tanto Imagem: RAUL ARBOLEDA/AP

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/01/2017 04h00

Apesar da pressão interna - por parte de conselheiros e sócios - sobre a necessidade da contratação de um camisa 9 inquestionável, Mauricio Galiotte resiste à tentação de gastar uma quantidade de dinheiro exorbitante para viabilizar a chegada do colombiano Miguel Borja para reforçar o Palmeiras e o elenco de Eduardo Baptista em 2017.

Três pontos explicam o porquê de o atual campeão brasileiro relutar em buscar formas de se aproximar dos 15 milhões (mais de R$ 51 mi) exigidos pelo Atlético Nacional para ceder os direitos do atacante colombiano de 23 anos, que defendeu a seleção do país na noite da última quarta-feira, em amistoso contra o Brasil, no Engenhão.

Neste momento, o Palmeiras considera inviável a chegada de Miguel Borja - alternativa trabalhada anteriormente ao lado do atleticano Lucas Pratto para servir de uma contratação de impacto para 2017. O próprio Alexandre Mattos manifestou-se sobre o assunto na última quarta-feira.

"Proposta nunca teve, até por que os valores pedidos estão fora da realidade. Em outubro do ano passado conversamos sobre o Borja e o Guerra. O Borja é completamente inviável", disse o diretor de futebol à Fox Sports.

Para a função, o elenco, considerado fechado pela diretoria, possui Alecsandro, Lucas Barrios e o recém-chegado Willian. O primeiro atuou como titular no último sábado, diante da Chapecoense, enquanto o segundo trabalhou entre os 11 nos últimos dias e aparece como favorito para atuar diante da Ponte.

Sem negociação

O primeiro fator remete à pedida do Atlético Nacional: um valor acima dos 15 milhões de euros (R$ 51 milhões). O Palmeiras recebeu esta quantia exorbitante como resposta da diretoria colombiana; com o jogador valorizado, o atual campeão da Libertadores se mostra irredutível a reduzir e ouvir propostas menores nesta janela de janeiro.

Sem ajuda (neste momento)

Palmeiras e Crefisa ainda finalizam o acordo de renovação de patrocínio, que deve passar da casa dos R$ 80 milhões nesta temporada. Internamente, clube e patrocinadora trabalham sem a chegada de um 'novo presente'. A manutenção de Lucas Barrios, jogador pago pela empresa, no elenco e o aporte financeiro deste início do ano - compras de Alejandro Guerra, Fabiano e 50% de Dudu.

Concorrência desleal

A temporada 2016 de Borja despertou a atenção não apenas do Palmeiras. Dois mercados também possuem a atenção direcionada ao atacante do Atlético Nacional. Além da Europa, equipes chinesas observam atentamente o desenvolvimento de Miguel Borja. Nem o Palmeiras, com patrocínio recorde - em vias de crescer - e finanças em alta, pode concorrer com o dinheiro megalomaníaco dos chineses.