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Em documentário, hooligans russos falam em "festival de violência" na Copa

Confronto entre torcedores russos e ingleses marcou a Eurocopa - REUTERS/Robert Pratta
Confronto entre torcedores russos e ingleses marcou a Eurocopa Imagem: REUTERS/Robert Pratta

Do UOL, em São Paulo

16/02/2017 09h58

O jornal britânico “The Guardian” publica que o documentário “Russia’s Hooligan Army” (Exército Hooligan da Rússia), que será exibido nesta quinta-feira pela BBC, mostra hooligans russos falando em "festival de violência" na Copa do Mundo de 2018, mais especificamente contra os torcedores ingleses.

A rivalidade entre os hooligans dos países ganhou ainda mais peso durante a Eurocopa de 2016, quando eles brigaram nas ruas de Marselha e na arquibancada do Estádio Velodrome no empate por 1 a 1 entre Inglaterra e Rússia.

‘Nossos adversários naturalmente são os ingleses porque eles são os precursores do hooliganismo e naturalmente são sempre esperados. Para alguns será um festival de futebol, para outros será um festival de violência”, afirmou, segundo o The Guardian, um hooligan da cidade de Rostov.

Já um torcedor identificado como “Denis”, que estava nas brigas em Marselha, diz não ter dúvidas de que haverá ataques aos hooligans ingleses que viajarem para a Rússia. “Eles podem vir e nós veremos. Obviamente alguém tentará fazer alguma coisa, é algo 100% garantido”, disse.

Segundo o "The Guardian", o documentário mostrará até mesmo hooligans falando sobre ligações com o presidente Vladimir Putin.

A possibilidade de confronto entre hooligans é uma das preocupações da organização da Copa do Mundo de 2018. Recentemente, um projeto de lei remitido à Câmara dos Deputados da Rússia propõe a introdução no código penal de detenções administrativas de até dez dias caso os torcedores alterem a ordem pública durante competições esportivas.

Eles também podem receber multas de até 20 mil rublos (R$ 1,06 mil) e ainda serão proibidos de entrar em um estádio por de um a sete anos. Caso se trate de um estrangeiro, o infrator pode ser deportado, como aconteceu em junho com os ultras russos na França.

Com informações da agência EFE