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Após empate em casa, sistema defensivo do São Paulo liga sinal de alerta

O zagueiro Rodrigo Caio durante treino do São Paulo - Felipe Espindola/sãopaulofc.net
O zagueiro Rodrigo Caio durante treino do São Paulo Imagem: Felipe Espindola/sãopaulofc.net

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

19/02/2017 04h00

O sinal de alerta foi ligado para o sistema defensivo do São Paulo. Nas quatro partidas do Campeonato Paulista, a equipe tricolor sofreu gols, dando um total de nove tentos tomados (média de 2,25 gol por jogo). No sábado à noite, no Morumbi, contra o Mirassol, o time chegou a abrir 2 a 0 no placar e permitiu o empate por 2 a 2.

"A gente tem de melhorar sempre, ofensiva e defensivamente, equilibrar o time cada vez mais. Tomara que a gente consiga dar esse equilíbrio, fazendo bastante gol, coisa que não acontecia no ano passado, mas estamos sofrendo gol em excesso. Não estou falando especificamente de zagueiro, mas o sistema como se defende, como pressiona, temos de tentar evoluir", admitiu o técnico Rogério Ceni

"Primeiro, a gente fica triste por isso [levar nove gols em quatro partidas], principalmente eu que sou zagueiro e o Maicon. Mas a gente fica feliz pelas vitórias. Tivemos uma derrota no campeonato em quatro jogos, ganhamos uma partida fora de casa muito difícil. Mas claro que precisamos corrigir e a gente se cobra. Pode ter certeza de que isso vai ser algo que cobraremos diariamente para diminuirmos esses gols, porque desta maneira vamos ganhar mais jogos", disse Rodrigo Caio.

Curiosamente, a defesa são-paulina foi o setor mais elogiado na última temporada, quando fechou o Brasileiro com 36 gols sofridos em 38 jogos (média de 0,94 gol por partida).

"É sempre ruim tomar gol. Esse não é o costume do São Paulo. No ano passado, estávamos bem ali atrás. Temos sofrido gol, mas vencido. O mais importante é somar os três pontos. Neste sábado (18), não conseguimos os pontos dentro de casa, sendo que uma equipe que estava ganhando por 2 a 0 não pode sofrer o empate. O importante é a vitória, mas quanto mais pudermos corrigir para não sofrer gol é melhor", disse o zagueiro Maicon, que falhou no primeiro gol do Mirassol, no sábado, quando tentou driblar Rafhael Lucas.

"Posso dizer que não foi o meu dia. Um detalhe acabou nos prejudicando. Até porque, até então, antes do erro eu estava fazendo uma partida boa, dado uma assistência e ganhado quase todos os lances individuais. Aconteceu. Tentei fazer uma coisa que não devo ali atrás e compliquei os meus companheiros. Agora, é bola para frente. Assumo a responsabilidade que cometi. É trabalhar para corrigir os erros", completou Maicon.

De acordo com o esquema do técnico Rogério Ceni, os jogadores de defesa vão contar com o apoio dos companheiros que atuam em outros setores, que devem ajudar na hora de fazer a marcação no campo de ataque.

"Não é tanto o sistema defensivo. Temos de trabalhar mais em conjunto, nas partes ofensiva e defensiva. Mas não me preocupo porque temos bons zagueiros, laterais e volantes. Mas podemos corrigir para não seguirmos passando por essas coisas. Porém, não são erros só da defesa, porque é responsabilidade também de nós que jogamos à frente e fazemos a primeira marcação", disse Cueva.

Na aspecto moral, os defensores também terão o suporte dos colegas. "Nós somos uma família, vamos apoiar quem estiver jogando. Somos todos amigos e vamos estar sempre juntos nestes momentos", garantiu o meia peruano.