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Galiotte admite que Crefisa paga valor acima de mercado ao Palmeiras

Danilo Lavieri e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

14/03/2017 04h00Atualizada em 25/06/2020 22h12

Um preço muito acima do mercado de patrocínio para o futebol brasileiro. Assim, especialistas classificam a parceria entre o Palmeiras e a Crefisa/FAM, e os próprios personagens corroboram com esta análise. Além de José Roberto Lamacchia, proprietário do grupo ao lado da mulher Leila Pereira, o próprio presidente palmeirense, Maurício Galiotte, admite a supervalorização.

A admissão veio em entrevista exclusiva concedida ao UOL Esporte. Em mais de uma hora de conversa, Galiotte falou sobre a parceria com a empresa, a relação diante da polêmica da eleição de Leila Pereira ao Conselho Deliberativo e assuntos diretamente envolvidos ao atual campeão brasileiro. Você poderá ler tudo na quarta-feira (15).

"É legítima [a análise]. Mas, mais do que um patrocínio, a relação Palmeiras e Crefisa é uma parceria. É fato [que está acima do valor de mercado], mas nós palmeirenses agradecemos esta consideração", comentou o presidente palmeirense na última segunda-feira.

Em entrevista ao Blog do Mauro Cezar Pereira, Lamacchia havia falado do pagamento que é de pelo menos de R$ 80 milhões, mas pode superar esse valor se considerado todo o investimento em aquisição de jogadores como Dudu, Borja e Guerra, por exemplo: 'Não sou um idiota, sei muito bem que estou pagando bem mais do que vale. Mas faço isso porque posso e quero'.

Galiotte concordou com o pensamento do proprietário da Crefisa, mas ressaltou que há uma relação que vai além de um simples patrocinador.

"Eles estão acima do valor de mercado de patrocínio do que a gente tem no mercado de uniforme. Porém, é um valor que a gente entende para uma parceria. As partes entendem desta maneira", acrescentou o mandatário palmeirense, que assumiu a cadeira mais alta da diretoria executiva em dezembro do ano passado.

Mauricio Galiotte possui excelente relação com os proprietários da Crefisa, ao contrário do antecessor, Paulo Nobre. O dirigente, apesar de admitir a 'supervalorização' do contrato com a Crefisa, aproveitou a conversa para agradecer aos parceiros, agora também conselheiros do Palmeiras pelos próximos quatro anos.

"A Crefisa e a FAM [Faculdade das Américas] foram fundamentais nestes dois últimos anos conosco. Esta parceria é extremamente importante para o clube, pela estabilização, fortalecimento da equipe...até para a gente direcionar os processos administrativamente", acrescentou.