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Truco, videogame e rap. Os prazeres de Tchê Tchê, estreante na Libertadores

Ale Cabral/AGIF
Imagem: Ale Cabral/AGIF

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

15/03/2017 04h00

Danilo das Neves Pinheiro, 1,75 m, 24 anos. Os dados dificilmente são de conhecimento do palmeirense, mas eles pertencem a um dos atletas mais importantes do atual elenco: Tchê Tchê.

O camisa 8 estreia nesta quarta-feira (15), às 21h45, diante do Jorge Wilstermann, no Allianz Parque, na competição mais importante do continente. Depois de voltar e deixar claro que é fundamental para o time, o meio-campista deixará de lado seus hobbies por duas horas para dar alegrias aos palmeirenses.

Mas e fora do campo? O que gosta de fazer Tchê Tchê quando está em casa? E a resposta é simples: se divertir. Um de seus passatempos favoritos é jogar videogame. Como todo bom boleiro, se considera um dos melhores atletas virtuais para o Fifa entre a roda de seus amigos. Não cansa de desafiar e tirar sarro dos que consegue derrotar, inclusive nas redes sociais.

Quando não está de frente para a televisão, o meio-campista gosta de outro ambiente em que tirar sarro do derrotado é permitido: o truco. Nas mesas de carteado, o volante solta o grito na hora de desafiar os adversários, seja para um blefe ou para jogar a carta mais alta e dar ainda mais risada. A tática é a mesma: imediatamente após a vitória, filmar o adversário e deixar claro para todos os seus seguidores que aquele ali é “seu patinho”.

Enquanto joga videogame ou truco ou enquanto caminha para os treinos e concentrações, Tchê Tchê também não dispensa um rap. Fã do estilo musical, ele ficaria 24 horas ouvindo os cantores favoritos se pudesse.

Além das vitórias nos campos e nos jogos fora dele, o maior orgulho do palmeirense é seu filho de apenas seis meses: Rhavier. Após as partidas no Allianz, é comum vê-lo voar pela zona mista e correr para o carro para voltar para casa e ficar ao lado de seu herdeiro. Tudo isso na companhia de seu cachorro, Barty, outro xodó da família.

Contratado em 2016 do Audax, Tchê Tchê se firmou como um dos principais atletas da posição e superou até uma quase desistência da carreira, em 2015, quando estava no Boa Esporte, hoje famoso pela contratação do goleiro Bruno. Na ocasião, ele pensou em abandonar o futebol por faltas de oportunidade, mas foi salvo por uma ligação de Fernando Diniz, então técnico do Audax.

De lá para cá, é só alegria. De contrato recém-renovado, ele tem despertado a atenção de clubes de fora, mas ainda foca apenas na conquista da Libertadores para realizar mais um de seus sonhos profissionais.

Mina - Rubens Cavallari/Folhapress - Rubens Cavallari/Folhapress
Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

Palmeiras tem desfalques

Depois de empatar por 1 a 1 na estreia contra o Atlético Tucumán, na Argentina, o Palmeiras precisa da vitória para ficar em situação confortável na classificação do grupo 5 da Libertadores. O adversário vem de vitória por 6 a 2 em cima do tradicional Peñarol, do Uruguai, e inspira respeito na Academia de Futebol.

Para a partida, o técnico Eduardo Baptista não conta com o suspenso Vitor Hugo, expulso na estreia, além de outros nomes que estão no departamento médico como Moisés e Thiago Martins. Em contrapartida, Mina poderá fazer a sua estreia na competição com a camisa alviverde. A expectativa é que Felipe Melo, que não pôde atuar contra o São Paulo, pelo Paulista, seja escalado normalmente no lugar de Thiago Santos. 

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X JORGE WILSTERMANN

Data: 15 de março de 2017, quarta-feira 
Horário: 21h45 (de Brasília)
Local: Allianz Parque, em São Paulo
Árbitro: Eduardo Gamboa (Chile)
Assistentes: Claudio Rios e Edson Cisternas (ambos do Chile)

PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Mina e Zé Roberto; Felipe Melo; Dudu, Tchê Tchê, Keno e Michel Bastos; Borja
Técnico: Eduardo Baptista

JORGE WILSTERMANN: Raúl Olivares; Juan Aponte, Zenteno, Alex Silva e Omar Morales; Fernando Saucedo, Christian Machado, Thomas Santos e Rudy Cardozo; Luis Cabezas e Franco Olengo
Técnico: Roberto Mosquera