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Um ano depois: o que mudou na seleção desde o último jogo contra o Uruguai

Uma das principais diferenças está no banco de reservas - Montagem
Uma das principais diferenças está no banco de reservas Imagem: Montagem

Danilo Lavieri

Do UOL, em Montevidéu (Uruguai)

23/03/2017 04h00

A seleção brasileira volta a enfrentar o Uruguai praticamente um ano depois da partida de ida nas Eliminatórias. No primeiro encontro, a equipe, que na época era comandada por Dunga, abriu 2 a 0, mas viu a equipe adversária reagir e conseguir o 2 a 2. 

Doze meses depois, desta vez em Montevidéu, as equipes voltam a se encontrar. Neste período, o que mudou no selecionado verde e amarelo?

Troca no comando

A principal diferença foi na troca do comando. No primeiro jogo, Dunga era o técnico e tinha pouco ou nenhum apoio popular. Um ano depois, o time é escolhido por Tite, que ao contrário de seu antecessor, tem todo o suporte da torcida, imprensa e da CBF. Exaltado pelas conquistas no Corinthians, ele é apontado de forma unânime como o melhor técnico do país.

Titular contra a Venezuela, Ricardo Oliveira disputa bola no jogo do Brasil pelas Eliminatórias - AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA - AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Ricardo Oliveira tinha chances com Dunga
Imagem: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

Adeus pivô

Dunga apostava em ter um camisa 9 fixo. No jogo do primeiro turno, por exemplo, ele deu oportunidade para Ricardo Oliveira balançar as redes da Celeste. Tite já tem outra opinião e gosta de um time que tem mais movimentação à frente. Por isso, deu a chance para Gabriel Jesus, que nunca foi convocado por Dunga. Se dessa vez não poderá contar com o ex-palmeirense, o técnico escolheu outro atleta que se mexe bastante à frente: Roberto Firmino.

Cavani comemora gol do Uruguai contra o Brasil - AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA  - AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA
David Luiz não é chamado por Tite
Imagem: AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA
 

Mudança em nomes chave

Dunga tinha alguns atletas que convocava com certa frequência e que eram normalmente contestados, especialmente após o vexame do 7 a 1. David Luiz e Luiz Gustavo eram sempre chamados pelo ex-técnico da seleção e não têm mais nenhuma chance com Tite neste momento. Com o atual treinador, Casemiro é convocado sempre que está em condições físicas, e Paulinho virou titular mesmo contra todas as expectativas. Outra mudança foi Philippe Coutinho: antes tratado como opção, agora é presença confirmada no ataque brasileiro.

Chance aos vetados

Não é segredo que Dunga guardava rancor de certos atletas. Por isso, havia desistido de convocar Thiago Silva e Marcelo, por exemplo. O primeiro voltou a ganhar chance de Tite, embora fique apenas entre os reservas. Já o lateral esquerdo também reapareceu na lista de convocados e, mais do que isso, conseguiu ganhar espaço de Filipe Luís, até então titular absoluto com Dunga. 

Possibilidade de vexame

Depois de empatar com o Uruguai, o Brasil ainda sofreu para arrancar ponto do Paraguai, próximo adversário nas Eliminatórias. Na época, a equipe ficou na terceira colocação, com oito pontos, e via Equador e Uruguai dispararem à frente. A vaga na Rússia chegou a ser colocada em dúvida. Com Tite, a seleção tem 100% de aproveitamento: seis jogos e seis vitórias. Além disso, precisa de apenas mais um ponto para praticamente garantir a vaga no Mundial.