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Melhor do mundo? Neymar tem mês acima da média e vê mudança de patamar

Danilo Lavieri, Dassler Marques e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em São Paulo e no Rio de Janeiro

29/03/2017 04h00

Foi um março espetacular. Neymar atuou em seis ocasiões no 3º mês de 2017 e fez seis gols. Mais do que isso: assumiu o papel de líder da seleção brasileira, deixou de ficar apenas na sombra de Messi e Suárez no Barcelona e mostrou o amadurecimento que Tite tanto prega.

Tudo o suficiente para que a discussão em torno de seu nome saia das polêmicas extracampo que se envolveu nos últimos meses para o campo de melhor do mundo. Mereceria ele o prêmio como maior jogador de futebol de 2017, superando Messi e Cristiano Ronaldo?

Depois de liderar o Barça em uma virada história contra o PSG (pela Liga dos Campeões) no início do mês, Neymar seguiu a boa fase na seleção - foram dois jogos e dois gols. Agora, Neymar tem 52 gols e está a quatro de igualar Romário na lista de artilheiros. Já marcou gols em todos os países da América do Sul, com exceção da Venezuela. Encerrou a 14ª rodada como camisa 10 e capitão da seleção brasileira. E tudo isso com 25 anos.

Durante a semana, Tite foi questionado mais de uma vez sobre o tema. Para ele, o prêmio é questão de tempo que isso aconteça. “O processo de amadurecimento que ele passa... é inevitável (que ele seja eleito o melhor do mundo). Ele não pode falar isso, mas eu posso”, afirmou.

Em São Paulo, Neymar viu que seu moral está alta. Diante da torcida chamada de mais exigente do país, viu a Arena Corinthians com mais de 40 mil pessoas gritar seu nome mesmo após perder o pênalti. Depois, sentiu a explosão quando conseguiu arrancar quase do campo de defesa até terminar nas redes do Paraguai.

O próprio jogador foi questionado em sua entrevista coletiva se acreditava que estava na hora de receber o prêmio individual. Desconversou e preferiu elogiar bastante Lionel Messi, a quem chama de tutor.

O que o camisa 10 topou falar foi do seu processo de amadurecimento. Depois de 244 dias sem falar com a imprensa que cobre a seleção brasileira, disse que aprendeu com os erros, que se afastou dos problemas dentro de campo sem citar exemplos e disse entender que errou muitas vezes.