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Sobe e desce do Brasil: renegados de Dunga se firmam em reta final por vaga

Renato Augusto disputa jogada contra Gaston Silva - Matilde Campodonico/AP - Matilde Campodonico/AP
Renato Augusto disputa jogada contra Gaston Silva
Imagem: Matilde Campodonico/AP

Danilo Lavieri e Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

29/03/2017 04h00

Depois de dois jogos disputados nesta semana de data Fifa, a seleção tem ainda mais uma cara definida. Nomes que às vezes tinham pouca ou nenhuma chance com Dunga, hoje, são nomes fortes para estarem na Copa do Mundo de 2018. E os jogos contra o Uruguai e Paraguai foram decisivos para isso.

Há ainda o destaque para Thiago Silva, que era absolutamente vetado por Dunga e voltou a ter chance com Tite. No segundo tempo, entrou bem, apesar de ter sido pouco exigido nos 45 minutos finais.

QUEM SOBE

Philippe Coutinho comemora primeiro gol brasileiro contra o Paraguai - NELSON ALMEIDA/AFP - NELSON ALMEIDA/AFP
Philippe Coutinho comemora primeiro gol brasileiro contra o Paraguai
Imagem: NELSON ALMEIDA/AFP

Philippe Coutinho

Antes convocado como apenas opção por Dunga, o jogador do Liverpool mostrou que é indispensável para o funcionamento da atual seleção brasileira. O atleta participa ativamente de triangulações na linha da frente, especialmente com Neymar, e foi coroado com um golaço diante do Paraguai. Contra a Argentina, já tinha feito um outro golaço e já é tratado por Tite como um dos melhores atletas para chutar à distância do elenco. 

Marcelo

Embora tenha tido um erro crucial diante do Uruguai, o lateral esquerdo foi absolutamente elogiado pelo treinador em todas as entrevistas durante a semana dos jogos. Especialmente por conseguir reagir ao erro sem deixar o desempenho cair na virada em cima do Uruguai. Contra o Paraguai, mostrou entrosamento com Neymar e ainda fez mais um gol. Com Dunga, ele era reserva de Filipe Luís e, depois de um tempo, passou a fazer parte da lista de vetados da seleção brasileira.

Paulinho comemora o seu terceiro gol, em Montevidéu - Natacha Pisarenko/AP - Natacha Pisarenko/AP
Paulinho comemora o seu terceiro gol, em Montevidéu
Imagem: Natacha Pisarenko/AP

Paulinho

O meio-campista é outro que não tinha nenhuma chance com Dunga e, hoje, é titular absoluto. Assim como já desempenhava no Corinthians, ele tem papel fundamental tanto na marcação quanto na armação. Contra o Uruguai, fez três gols (um deles um golaço) e, diante do Paraguai, participou de dois dos três gols marcados. Sua forma física tem servido de inspiração na seleção brasileira.

Neymar

O mês de março excepcional que Neymar teve no Barcelona, com quatro gols em quatro jogos e a incrível classificação diante do PSG, se refletiu na seleção brasileira. Com dois gols em dois jogos, o camisa 10 se consolidou como exemplo técnico e de comportamento na visão de Tite. Não à toa, recebeu a faixa de capitão diante do Paraguai e saiu ovacionado da Arena Corinthians, mesmo após errar um pênalti. 

QUEM DESCEU

Renato Augusto

O meio-campista não teve exatamente uma atuação ruim, mas não conseguiu repetir o futebol que apresentou nos jogos do ano passado. Muito provavelmente porque a temporada chinesa começa depois do resto do mundo e ele ainda não disputou o mesmo número de partidas que seus companheiros. Ainda assim, tem o respeito e a segurança de ser um dos homens mais importantes do meio de Tite. 

Lucas Lima

Fora da convocação de Tite, o meio-campo santista não deixou saudades na seleção neste momento. Com substitutos à altura, ele ainda não consegue brilhar no Santos como fez quando teve seu nome apontado como um dos melhores meias do país. E pior: vê seus concorrentes brilharem. Com Dunga, chegou a ter espaço como titular.