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'Garfield' do Fantástico, goleiro vira alvo de brincadeiras e mira Série A

Juninho, goleiro da URT, foi alvo de brincadeira do Fantástico - Douglas David/Cabeça Esportes
Juninho, goleiro da URT, foi alvo de brincadeira do Fantástico Imagem: Douglas David/Cabeça Esportes

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

30/03/2017 12h00

A boa atuação de Juninho diante do Atlético-MG, no domingo (26), não evitou a derrota da URT pela nona rodada do Campeonato Mineiro, mas foi o suficiente para colocar o goleiro em evidência. As boas defesas em finalizações de Fred e Luan fizeram o goleiro ganhar destaque em um quadro do Fantástico, da TV Globo, e ser comparado ao gato Garfield por conta do sobrepeso e também por fazer boas defesas contra os atleticanos.

O goleiro do time interiorano foi procurado pelo UOL Esporte para comentar a brincadeira do programa televisivo. Bem-humorado, ele conta que se tornou o centro das atenções nos treinos da URT, com piadas dos companheiros, mas assegura que não se importa com a situação.

“Cara, eu levei na brincadeira. Sou um cara que gosta de brincar com todo mundo. Então eu acabei rindo muito disso aí e os caras caíram matando em cima de mim por causa dessa situação. Pessoal adorou e fica me zoando o tempo todo. A galera começou a me chamar de Juninho Garfield aqui na URT. Não achei ruim, pelo contrário, eu até gravei o vídeo e guardei com carinho”, disse.

Garfield, o gato - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

A repercussão foi tão positiva que o atleta da URT cogita, inclusive, a possibilidade de adotar as camisetas alaranjadas nos jogos da equipe. Ele não descarta a ideia nem de deixar o uniforme mais parecido com a cor do gato do desenho animado.

“Eu estava acima do peso e de laranja ainda (risos). Não tinha como não me comparar com o Garfield. Até minha esposa (Fabiana) começou a me chamar de Amor Garfield. Não tem jeito, todo mundo caiu em cima. O Leo Faria, que jogou comigo no Atlético-MG, fica zoando o tempo inteiro. Mas eu gostei. Vou adotar a camisa laranja agora e usá-la sempre. Quem sabe não dá para fazer até uma camisa do Garfield mesmo? Tem um goleiro do México que costuma usar uma camisa do Chapolin. Por que não fazer o mesmo?”, indagou em tom de brincadeira.

Aos 35 anos, Juninho explica por que vive com o sobrepeso neste momento da carreira.

“Fazer o quê? Estou meio gordinho ainda. Nunca tive problema com peso, sempre fui mais forte mesmo. Só que tive que ficar nove meses parado por conta de um problema pessoal e não consegui ter uma rotina de um atleta profissional. Aí estou acima do peso mesmo. Mas estou trabalhando para melhorar isso”, revelou. “Houve um problema com a minha esposa. Ela ficou em depressão e eu acabei me afastando do futebol para acompanhá-la neste momento difícil. Então, não pude manter uma sequência de trabalho”, afirmou.

“Nesse período que fiquei parado, cheguei a treinar no Nacional, de São Paulo, que é perto dos CTs de Palmeiras e São Paulo. Foi só para não ficar totalmente sem treinar. Estava totalmente sem ritmo de jogo e, agora, voltei à URT. Estou jogando, mas ainda não tenho o melhor físico. Vou trabalhando para que possa retomar o físico ideal”, acrescentou.

Futuro e carreira vitoriosa

Apesar dos 35 anos, Juninho garante que está longe de se aposentar. Com contrato com a URT até o fim do Estadual, o experiente jogador pretende retornar à Série A do Campeonato Brasileiro. A ideia é voltar a atuar em alto nível e encerrar a passagem profissional em um grande do país:

“Sem dúvidas, meu sonho é voltar a trabalhar em um grande clube da Série A. Sei que, para isso, ainda preciso melhorar o físico, voltar a ter o ritmo de jogo ideal. Mas estou trabalhando. Espero jogar até os 40 anos e acho que tenho condições de fazer isso, até porque estou mais maduro hoje. Quando tive a oportunidade de jogar na Série A, ainda era muito imaturo. Eu tenho sonho de jogar em um grande do país”, comentou.

Em pouco mais de 16 anos de carreira, Juninho soma passagens por Vitória, Cruzeiro, Santa Cruz, América-MG e Atlético-MG. O jogador valoriza as oportunidades conseguidas neste período e enaltece o fato de ter trabalhado ao lado de grandes preparadores.

“Eu trabalhei com os melhores da minha profissão. Estive ao lado do Chiquinho, que hoje é preparador de goleiros do Victor no Atlético, estive com o Leo Júnior, que é preparador do Weverton, goleiro do Atlético-PR e da seleção brasileira. Tive uma base muito boa, trabalhei com referências do esporte no Vitória e, por isso, cheguei ao Cruzeiro. Ainda tive passagem por América-MG e, depois, fui para o Atlético-MG”, concluiu.