O que fez Giovanni Augusto recusar o Inter para ficar no Corinthians
20 minutos. Foi o tempo que durou, a portas fechadas, a reunião entre o gerente de futebol Alessandro, o diretor de futebol Flávio Adauto e Giovanni Augusto, na última terça-feira, antes do treinamento daquela tarde do Corinthians. Ali, rapidamente, o meia expôs as razões para ficar e ouviu dos superiores que havia confiança de que poderia dar a volta por cima.
Reforço mais caro do Corinthians nos últimos quatro anos, Giovanni também se sentou com a comissão técnica para ter certeza de que recusar a ida ao Internacional, em troca com Valdívia, seria a decisão mais correta. Saiu, de todos esses contatos, razoavelmente seguro de que internamente tinha o ambiente e a confiança necessários para jogar o que dele se espera. Ele está relacionado para voltar ao grupo no próximo domingo, contra o Botafogo-SP.
Na decisão de recusar a saída, o ponto principal para Giovanni Augusto foi contratual. Assinar com o Internacional por apenas oito meses, sem garantias relacionadas ao futuro, não foi algo que agradou o jogador. Em contato com agentes que participavam de conversas, o meia disse que aceitaria deixar o Corinthians, mas desde que fosse por um negócio em definitivo.
Nesse sentido, Giovanni teve inclusive um exemplo próximo recente para se espelhar. Na troca Clayton-Marlone com o Atlético-MG, o meia-atacante que deixou o Corinthians cedido até dezembro se envolveu em uma discussão pública com o gerente de futebol Alessandro e recebeu algumas críticas de torcedores. O clima para a volta pode ser ruim, e ele tem vínculo até o fim de 2019, caso também de Giovanni. Alexandre Pato é outro caso parecido. Emprestado ao São Paulo em 2014, ele saiu pela porta dos fundos e nunca conseguiu voltar a atuar pelo Corinthians.
Com um dos maiores salários do clube, Giovanni Augusto se preocupou com a rejeição que teria em sair, mas eventualmente retornar em 2018, ou em ficar de vez. Apesar disso, pesou que valia a pena seguir e tentar o êxito com a camisa do Corinthians por mais um tempo.
Aspecto familiar também foi fundamental
Na ideia de ficar, o meia também pesou o aspecto pessoal. Com residência própria em São Paulo e bem estabelecido ao lado da esposa e o filho pequeno, Giovanni não viu com bons olhos a mudança temporária a Porto Alegre. Por sinal, as questões familiares são um termômetro nos bons e maus momentos do atleta, que costuma crescer de produção quando tem tranquilidade para trabalhar.
Na queda de produção considerável que viveu no segundo semestre de 2016, pessoas próximas a Giovanni Augusto asseguraram que o meia não vivia momento positivo fora de campo.
O período coincidiu com o desempenho fisicamente inferior, com problemas musculares e no tornozelo, tudo muito diferente de quando teve destaque dentro do Parque São Jorge. Entre os vários jogadores adquiridos após o desmanche do time campeão brasileiro em 2015, ninguém ganhou espaço e agradou tão rapidamente. Mas, na mesma velocidade, veio a queda com Cristóvão Borges, Oswaldo de Oliveira e Fábio Carille.
Recuperar a forma física e técnica dos tempos em que trabalhou ao lado de Tite é o desafio com a permanência definida.
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