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Berlusconi oficializa venda do Milan para chineses por R$ 2,4 bilhões

Eric Feferberg/AFP
Imagem: Eric Feferberg/AFP

Do UOL, em São Paulo*

13/04/2017 09h39

O Milan tem um novo dono. Após mais de 30 anos no comando, Silvio Berlusconi acertou a venda do clube italiano para o investidor chinês Li Yonghong, da empresa Rossoneri Sport Investment Lux. O negócio, confirmado oficialmente nesta quinta-feira e envolveu uma operação no valor de 740 milhões de euros (cerca de R$ 2,4 bilhões).

A transferência de poder devia ter sido concluída em dezembro de 2016, mas foi adiada em diversas ocasiões devido à dificuldade dos chineses para levantar os recursos necessários.

Em uma declaração conjunta, Fininvest e Rossoneri explicam que "os termos do acordo são os mesmos que os que haviam sido expostos em agosto e que preveem uma avaliação do valor do AC Milan de 740 milhões de euros, incluindo a dívida do clube, de 220 milhões em 30 junho de 2016".

Ambas as organizações afirmam que 90 milhões de euros adicionais foram pagos para cobrir as despesas operacionais do clube desde julho de 2016.

De acordo com o comunicado publicado nesta quinta-feira, "os compradores também confirmaram o seu compromisso de aumentar o capital do clube e fornecer liquidez para fortalecer a estrutura financeira do AC Milan".

O Milan era presidido por Berlusconi há mais de 30 anos, período no qual viveu sua era mais vitoriosa, com cinco títulos de Liga dos Campeões, oito no Campeonato Italiano, um na Copa da Itália e três no Mundial.

Contudo, as últimas temporadas têm sido difíceis para o Milan, que perdeu poder de investimento e luta apenas por posições intermediárias no Campeonato Italiano.

Agora, Li Yonghong deverá ser nomeado presidente do AC Milan na sexta-feira em uma assembleia geral de acionistas do clube. Já o conselho administrativo será nomeado após a assembleia geral.

Maior rival do Milan, a Inter de Milão, também foi comprada por chineses, mas os resultados em campo até agora não apareceram. No próximo sábado (15), as duas equipes farão o primeiro dérbi da "era asiática" em dois dos maiores times do país.

* Com agências ANSA, AFP e Reuters