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Justiça uruguaia tenta afastar trio do Peñarol e quer intimar Felipe Melo

Gabriela Chabatura - Colaboração para o UOL

Montevidéu (Uruguai)

28/04/2017 22h13

Após ouvir jogadores do Peñarol, a Justiça do Uruguai abriu uma investigação contra Nandez, Mathias Mier e Lucas Hernandéz e solicitou a medida cautelar para que sejam impedidos de frequentar estádios, como torcedores, por dois meses. Além do trio, o palmeirense Felipe Melo, caso retorne ao país, será intimado para prestar depoimento.

A decisão da juíza Julia Staricco não impede que os três uruguaios continuem exercendo o ofício de jogadores profissionais, mas impõe as condições que, caso eles tenham de sair do país, peçam autorização prévia e não cometam novos delitos. Inicialmente, a fiscal Maria Gabriela Fossati solicitou que os atletas também fossem proibidos de exercer a profissão, mas Staricco não aceitou esse pedido.

De acordo com a fiscal de justiça Maria Gabriela Fossati, os jogadores foram convocados por "cometer um delito de rinha na competência desportiva". Segundo ela, outros atletas ainda podem ser chamados de acordo com o avanço das investigações e novas imagens da batalha campal da partida entre Peñarol e Palmeiras.

A Justiça uruguaia analisa os incidentes por três cenários distintos: a confusão que houve dentro de campo, incidentes nas arquibancadas e os acontecimentos fora do estádio, que resultaram nas prisões de torcedores do Peñarol e policiais feridos. Os detidos foram indiciados por desacato.

"Qualquer situação como esta, de mau comportamento e violência, a pessoa está sujeita a uma intervenção penal. O departamento de inteligência analisou, e pedi
uma medida cautelar a esses três atletas", afirmou Fossati.

Os jogadores do Peñarol e advogado do clube Jorge Barrea permaneceram por mais de oito horas no prédio do Poder Judicial e não concederam entrevistas aos jornalistas. A juíza penal Julia Staricco também não se pronunciou sobre o caso.