Esperança até o fim: torcida mobiliza Ponte nas redes com idosos fanáticos
Uma mobilização feita por familiares de torcedores idosos da Ponte Preta quer manter a acesa a chama da chance do primeiro título da história do clube. Em situação complicada após a derrota em casa para o Corinthians por 3 a 0 no jogo de ida, a equipe de Campinas precisa vencer por quatro gols de diferença - ou por três para tentar a sorte nos pênaltis - no domingo, às 16h, na Arena Corinthians. O apelo é para que os jogadores “ganhem o título como respeito e homenagem aos idosos que dedicaram uma vida de amor a Macaquinha”.
A médica Camila Polis é uma das idealizadoras do movimento, sensibilizada com a situação do avô de 80 anos, Eduardo Polis. Pontepretano fanático, Eduardo esteve no Moisés Lucarelli no primeiro jogo e, horas depois do final da partida, sofreu um AVC. Está na UTI, sem risco de morte, mas com dificuldades de fala. Camila contou que a primeira coisa que ele disse ao receber a visita dos familiares foi que “o Kleina tem que colocar o Pottker e o Cajá para jogarem juntos”. Apesar da preocupação, foi impossível não se divertir com o que ocupava a cabeça do avô.
A campanha está sendo divulgada nas redes sociais e inclui torcedores-símbolo da Ponte, como a Dona Conceição e o Mineirinho, com a hashtag #honreatorcidapontepretana. “Estamos mandando para os jogadores por WhatsApp, mais para incentivar”, contou Camila.
Ela relata que o avô sempre dizia que “não morreria sem ver a Ponte campeã”. Em 2013, a equipe chegou a final da Copa Sul-Americana, mas não era ainda não era a hora do título. “Meu avô participou da reforma do estádio, comprou cadeira cativa. Na família, ou é Ponte Preta ou não gosta de futebol”, relata.
Vice-campeã paulista em seis ocasiões, além de vice da Série B nacional duas vezes, a Ponte chegou a decisão com grandes expectativas, mas viu as chances diminuírem após a jornada em Campinas. Para os familiares dos torcedores mais idosos, porém, a oportunidade não pode ser descartada antes do final do jogo de domingo.
“A Ponte faz parte da vida familiar. Jogo no domingo tem almoço mais cedo, precisa chegar antes sentar na cadeira dele. Nos importa o afeto. O amor que tenho por ele, transferi para a Ponte Preta. Acho que dinheiro nenhum paga a honra e a oportunidade de fazer parte da história do futebol brasileiro”, desabafa a neta, ainda esperançosa em ver o avô feliz com o time do coração.
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