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Com Centurion em alta, Boca estuda usar grana de Tevez para pagar SP

Centurión passou a ser uma das esperanças para o São Paulo reforçar o caixa - Divulgação/Boca Juniors
Centurión passou a ser uma das esperanças para o São Paulo reforçar o caixa Imagem: Divulgação/Boca Juniors

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

09/05/2017 04h00

Quando deixou o São Paulo, em agosto do ano passado, para ser emprestado ao Boca Juniors, Centurión era alvo de críticas. Na cabeça de quase todo são-paulino, a contratação do argentino, concretizada em janeiro de 2015, por 4,2 milhões de euros, só tinha gerado prejuízo ao clube. 

Em menos de um ano, no entanto, a situação mudou de figura. O meia-atacante de 24 anos passou a ser um dos principais destaques da equipe argentina. Lá, ele marcou seis gols em 20 jogos e até ganhou uma música em sua homenagem, em que é comparado ao ídolo do Barcelona, Neymar - "El Neymar Argentino", canção do grupo Por el Pancho y la Coca. 

Por isso, o Boca promete fazer de tudo para pagar 6 milhões de dólares por 70% dos direitos do jogador. Sem querer gastar demais, o plano argentino é tentar envolver jogadores na negociação, que deve se arrastar até o fim deste mês. Chávez, por exemplo, já foi oferecido. O São Paulo, porém, não está interessado em manter o atacante em seu elenco, ao menos em um primeiro momento, e prefere a sua parte em dinheiro. 

Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, o São Paulo espera que o Boca contrate o meia-atacante com parte do que o clube argentino recebeu pela transferência de Carlitos Tevez para o Shanghai Shenhua. No ano passado, os chineses pagaram 10,5 milhões de euros para tirar Tevez da Argentina. 

A ideia do São Paulo é reforçar o seu caixa e pagar parte das dívidas. Curiosamente, para trazer Centurión em 2015, o São Paulo contou com o empréstimo de cerca de R$12 milhões de Vinícius Pinotti, que na época era apenas sócio do clube e na última semana assumiu a diretoria executiva de futebol. Pelo Tricolor, Centurión disputou 81 partidas e marcou oito gols, sendo muitas vezes questionado e vaiado pela torcida.