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Em reencontro, A. Nacional goleia Chape e fatura Recopa Sul-Americana

Chapecoense não conseguiu segurar o Atlético Nacional - REUTERS/Fredy Builes
Chapecoense não conseguiu segurar o Atlético Nacional Imagem: REUTERS/Fredy Builes

Daniel Fasolin

Colaboração para o UOL, em Medellín (COL)

10/05/2017 23h36

A Chapecoense lutou, mas não conquistou seu segundo título na temporada. Nesta quarta-feira (10), em uma partida recheada de emoção fora das quatro linhas, os comandados por Vagner Mancini não tiveram um bom desempenho no Estádio Atanasio Girardot e acabaram derrotados por 4 a 1 pelo Atlético Nacional, que consagrou-se como campeão da Recopa Sul-Americana de 2017. (assista aos gols aqui)

Na partida de ida, a Chapecoense fez sua lição de casa e levou uma vantagem considerável para a Colômbia. Qualquer empate faria com que o time brasileiro ficasse com a taça. No entanto, dois gols sofridos na etapa inicial - sendo um no primeiro minuto de jogo -, desestabilizaram os catarinenses, que ainda tentaram reagir no segundo tempo, mas sofreram mais dois e viram o sonho desaparecer.

GOL RELÂMPAGO COM AJUDA DO GOLEIRO

Dayro Moreno (esq.) abriu o placar para o Atlético Nacional - EFE/Luis Eduardo Noriega A. - EFE/Luis Eduardo Noriega A.
Dayro Moreno (esq.) abriu o placar para o Atlético Nacional
Imagem: EFE/Luis Eduardo Noriega A.

Um minuto. Esse foi que Atlético Nacional precisou para abrir o placar contra a Chapecoense no Atanasio Girardot. Desligada em campo, a equipe catarinense vacilou logo na primeira bola e viu sua vantagem construída em casa desaparecer. Dayro Moreno recebeu a bola em profundidade e bateu no canto do goleiro Artur Moraes, que caiu atrasado e viu a bola morrer no fundo de suas redes.

CHAPE RECUA, E NACIONAL PRESSIONA

Atlético Nacional não deu espaço para os jogadores da Chapecoense - EFE/Luis Eduardo Noriega A. - EFE/Luis Eduardo Noriega A.
Atlético Nacional não deu espaço para os jogadores da Chapecoense
Imagem: EFE/Luis Eduardo Noriega A.

O gol sofrido no primeiro minuto da etapa inicial abalou a Chape, mas não a fez mudar a postura dentro de campo. A equipe comandada por Vagner Mancini optou por esperar o Atlético Nacional no campo de defesa durante praticamente todo o primeiro tempo, sofreu pressão e não conseguiu encontrar uma brecha para contra-atacar e surpreender os donos da casa.

PRESSÃO DÁ CERTO

Atlético Nacional não teve trabalho contra a Chapecoense - EFE/Luis Eduardo Noriega A. - EFE/Luis Eduardo Noriega A.
Atlético Nacional não teve trabalho contra a Chapecoense
Imagem: EFE/Luis Eduardo Noriega A.

O Atlético Nacional pressionou tanto que conseguiu penetrar na defesa catarinense e ampliar o placar ainda na etapa inicial. Aos 31min, após cobrança rápida de lateral, Macnelly Torres encontrou Ibargüen na área, que acertou um bomba de direita para estufar as redes de Artur Moraes. Dessa vez, sem chances para o goleiro brasileiro.

CHAPE MUDA POSTURA, MAS FALTA SORTE

Chape melhorou, mas não conseguiu balançar as redes do A. Nacional - REUTERS/Fredy Builes  - REUTERS/Fredy Builes
Chape melhorou, mas não conseguiu balançar as redes do A. Nacional
Imagem: REUTERS/Fredy Builes

Precisando de pelo menos um gol para forçar uma disputa nos pênaltis, Vagner Mancini optou pela entrada de Apodi no lugar de Luiz Antônio. E viu a mudança dar certo. Com outra postura e mais qualidade ofensiva, a Chape pressionou e só não marcou no segundo minuto da etapa final porque Alexis Henriquez salvou em cima da linha um chute de Arthur Caíke - que já havia passado pelo goleiro e tinha endereço certo.

BANHO DE ÁGUA FRIA
 
Atlético Nacional não teve trabalho contra a Chapecoense - EFE/Luis Eduardo Noriega A. - EFE/Luis Eduardo Noriega A.
Atlético Nacional não teve trabalho contra a Chapecoense
Imagem: EFE/Luis Eduardo Noriega A.
 
Quando a Chapecoense parecia muito próxima do gol que lhe colocaria de volta na partida, veio um banho de água fria. Aos 22min do segundo tempo, Ibargüen passou por Apodi na ponta esquerda e cruzou. Rodríguez escorou e Dayro Moreno, mais uma vez, empurrou para o fundo do gol. Se já não bastasse isso para acabar com o sonho da Chape, ainda teve mais. Aos 35, Ibargüen, desta vez, deixou Grolli para trás e escorregou na hora da finalização, mas deu sorte e viu a bola desviar e encobrir o Artur Moraes.
 
GOL DE HONRA E GESTO NOBRE
 
Torcida do Atlético Nacional aplaudiu o gol da Chapecoense - AFP / RAUL ARBOLEDA  - AFP / RAUL ARBOLEDA
Torcida do Atlético Nacional aplaudiu o gol da Chapecoense
Imagem: AFP / RAUL ARBOLEDA
 
Túlio de Melo, que entrou no lugar de Arthur, ainda conseguiu descontar. Aos 38, Osman Jr. levantou na área para o atacante dominar, girar e tocar na saída do goleiro Armani. O gol não mudou em nada a situação da Chapecoense, mas serviu para um momento bonito no estádio. Assim que a rede balançou, os torcedores do Atlético Nacional aplaudiram de pé o lance, lembrando a Arena Condá na partida de ida, quando a torcida da Chape fez o mesmo quando os rivais marcaram.
 
SOBREVIVENTES MARCAM PRESENÇA

Neto, Ruschel e Follmann em um camarote no estádio colombiano - Reprodução/Sportv - Reprodução/Sportv
Neto, Ruschel e Follmann em um camarote no estádio colombiano
Imagem: Reprodução/Sportv

Homenageados antes de a bola rolar, o zagueiro Neto, o lateral esquerdo Alan Ruschel e o goleiro Jackson Follmann acompanharam a decisão da Recopa Sul-Americana em um dos camarotes do estádio Atanasio Girardot. Sofreram com o desempenho da Chape na etapa inicial, mas até se animaram em alguns momentos de pressão da equipe catarinense no segundo tempo. Os três participaram da preleção de Vagner Mancini e tentaram passar motivação para os companheiros no vestiário.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO NACIONAL 4 X 1 CHAPECOENSE

Data: 10 de maio de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Competição: Recopa Sul-Americana
Local: Atanasio Girardot, em Medellín (COL)

Cartão amarelo: Ibargüen (A. Nacional); Nathan, Reinaldo, Andri Girotto e Arthur (Chapecoense)
Cartão vermelho: Andrei Girotto.
Gol: Dayro Moreno, 1min do 1º tempo e 22 do 2º tempo, e Ibargüen, 31min do 1º tempo.

ATLÉTICO NACIONAL: Armani; Bocanegra, Nájera, Alexis Henríquez e Farid Díaz; Aldo Ramírez (Elkin Blanco), Diego Arias (Nieto) e Macnelly Torres; Dayro Moreno, Ibargüen (Dájome) e Arley Rodríguez. Técnico: Reinaldo Rueda.
 
CHAPECOENSE: Artur Moraes; João Pedro, Nathan, Douglas Grolli e Reinaldo; Moisés Ribeiro, Andrei Girotto e Luiz Antônio (Apodi); Osman, Wellington Paulista e Arthur (Túlia de Melo). Técnico: Vagner Mancini.