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Pottker chega ao Inter como "principal reforço" e pode mudar esquema

Atacante William Pottker chega ao Internacional nesta quarta-feira  - RODRIGO VILLALBA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Atacante William Pottker chega ao Internacional nesta quarta-feira Imagem: RODRIGO VILLALBA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Diego Salgado e Marinho Saldanha

Do UOL, em São Paulo e Porto Alegre

10/05/2017 04h00

William Pottker chega a Porto Alegre nesta quarta-feira no início da tarde. Realizará, na quinta-feira, o primeiro treinamento com a camisa do Inter. Com status de principal contratação para a Série B, a chegada dele pode mudar o esquema tático do time.

Respaldado por um primeiro semestre de sucesso na Ponte e o título de artilheiro do Brasileirão passado, o atacante contempla um pedido antigo do técnico Antonio Carlos Zago: jogadores de velocidade.

Com ele e Marcelo Cirino, o Inter pode abrir mão do 4-3-2-1 que tem utilizado desde as primeiras rodadas do Gauchão por imposição do elenco. A ideia é transformar em um 4-2-3-1 com ambos abertos pelos flancos.

Pottker é tido como jogador que dará poder de criação e conclusão ao Inter, auxiliando D'Alessandro no setor ofensivo e abastecendo Brenner no ataque. Assim, ameaçaria a titularidade de Nico López, que ajuda pouco defensivamente e, por conta da velocidade, jamais foi imaginado no flanco. 

"Na Série B serão 38 finais. Temos um processo de reconstrução da equipe a partir do que aconteceu no ano passado. Queríamos a conquista do heptacampeonato. Não aconteceu. Agora contamos com o apoio do torcedor para a Série B, precisaremos muito deles", disse o técnico Antonio Carlos Zago.

Nos bastidores do Internacional, Pottker é considerado o principal reforço do ano. Ao vencer a disputa por sua contratação e assinar contrato por quatro anos, o clube vermelho considera que firmou um dos melhores negócios do futebol nacional.

Perfil caseiro e respeito ao passado

Outro ponto que respalda Pottker no Inter é o perfil interessado. Longe de baladas ou holofotes por razões além dos gramados, o jogador tem na família a base para sua carreira e carrega o apreço pelos clubes que defendeu.

"Minha família é o meu suporte. Todos nós dependemos deles. Sem eles não vivemos. Moram todos em Florianópolis. Sempre que posso eu dou uma passada lá. Tenho residência lá, trouxe eles para morar perto de mim. Eles são meu suporte, sem eles eu não vivo. Minha esposa também, é uma grande pessoa que me ajuda", disse Pottker ao UOL Esporte.

Aos 21 anos, Pottker começou carreira no Figueirense. Passou pelo futebol da Armênia, do Japão, esteve no Red Bull Brasil, no Linense, no Braga, de Portugal e na Ponte Preta. No primeiro semestre deste ano fez dez gols em 20 jogos.

"Eu dependo muito disso, não vou dizer que mais que os outros, mas sei do que eu preciso. Eu sou a salvação da minha família. Então não tem porque eu deixar de correr, trabalhar. Minha família depende de mim", acrescentou.

Só que a estreia pelo Colorado está ameaçada. Como foi expulso atuando pela Ponte Preta na Copa do Brasil, o jogador precisa cumprir suspensão em jogo de âmbito nacional. O Inter entrou com pedido para reversão da pena em pagamento de cestas básicas.