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Haddad depõe ao MP e reforça denúncia por propina na Arena Corinthians

Haddad falou com Ministério Público sobre suposta propina na Arena Corinthians - Marcelo D Santis/FramePhoto/Estadão Conteúdo
Haddad falou com Ministério Público sobre suposta propina na Arena Corinthians Imagem: Marcelo D Santis/FramePhoto/Estadão Conteúdo

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

13/06/2017 18h39

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, depôs na tarde desta quarta-feira à corregedoria do Ministério Público de São Paulo sobre o possível caso de propina relacionada à Arena Corinthians. Em breve declaração ao UOL Esporte, Haddad disse que repetiu as informações, afirmou estar satisfeito com o desfecho do episódio e não quis responder outras perguntas.

"Foi normal. Não teve nada além do que saiu revista Piauí, então apenas reiterei. Já falei disso mais de uma vez, então estou satisfeito", disse Haddad. A assessoria de imprensa do ex-prefeito paulistano (2012-2016) informou ainda que a visita dele ao MP foi espontânea. A ideia do ex-prefeito é que as investigações possam ser aprofundadas.

"Eu detalhei alguns aspectos importantes para que as investigações continuem o seu curso, para que nós possamos chegar a verdade. Foi detalhes para que eles possam chegar aos detalhes dos fatos", acrescentou Haddad aos jornalistas presentes.
Quando perguntado se foi questionado sobre uma suposta perseguição durante seu governo, Haddad resumiu: "Eu trouxe esses elementos também. Eu trouxe todo o caso a caso, desde os episódios narrados. Detalhei tudo para eles".

Em texto recente publicado pela Piauí, Haddad revelou que em 2012 tomou conhecimento sobre um possível pedido de propina por parte do promotor público Marcelo Milani e que levou o caso à corregedoria do órgão na ocasião. Segundo o que soube o ex-prefeito à época, Milani teria pedido R$ 1 milhão para não ingressar com ação contra a emissão de CIDs.

Fato é que Milani, na época, deu entrada com a ação pública, o que atrasou o processo de venda de certidões. No momento, o Corinthians conseguiu vender pouco mais de 10% das certidões em um valor total que supera R$ 460 milhões.

Em entrevista ao Blog do Perrone, o promotor Marcelo Milani negou as acusações de Haddad e prometeu processar o ex-prefeito por calúnia e difamação.