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Vice contorna problemas com presidente e retoma função no Corinthians

Jorge Kalil, à direita de Roberto de Andrade, contornou paz com presidente - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Jorge Kalil, à direita de Roberto de Andrade, contornou paz com presidente Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques*

Do UOL, em São Paulo

13/06/2017 15h57

Uma presença chamou atenção no último domingo na Arena Corinthians, em vitória sobre o São Paulo. Avesso aos holofotes principalmente nos últimos meses, o vice-presidente corintiano Jorge Kalil acompanhou a família do treinador Fábio Carille, com quem tem boa relação, no clássico disputado em Itaquera. A presença sela a reaproximação de Kalil ao comando do clube.

Em dezembro, depois de uma discussão acalorada no Parque São Jorge, o vice-presidente pediu afastamento do cargo e alegou problemas de saúde, mais especificamente uma arritmia cardíaca. O momento político delicado do clube somado à falta de espaço na administração contribuíram para o desgaste.

No meio do período, o dirigente e médico não escondeu sua contrariedade com a gestão Roberto de Andrade e o pouco envolvimento dele nas decisões. Em entrevista ao Blog do Alexandre Praetzel, ficou dividido quando perguntado sobre o impeachment de Roberto, que não se confirmou.

De volta à vice-presidência em fevereiro, Jorge Kalil se mantinha distante do presidente do clube até alguns dias, quando se reuniu com ele para selar as pazes. "Propus uma conversa, por iniciativa minha. O Corinthians é maior que todos nós. Não tem sentido estarmos brigados. Tenho respeito pela hierarquia, mas disse a ele o que me desagradava, ele contra-argumentou e ficou tudo ótimo", disse Kalil.

De acordo com o vice, a gestão Roberto de Andrade evoluiu em 2017 por ouvir mais diretores, vice-presidentes e correntes políticas. "Isso melhorou muito. Foi um dos pontos que conversamos", explica. "Sempre me mantive discreto. Hoje estou me concentrando internamente no clube, na área social, nos sócios. Os departamentos já têm pessoas competentes", comentou.

* Colaborou: Ricardo Perrone