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Vice de Galiotte deixa "caso Crefisa" de lado e volta a atuar no Palmeiras

Genaro Marino apresentou Erik em 2016. Com Nobre, o vice era mais presente no dia a dia do clube - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Genaro Marino apresentou Erik em 2016. Com Nobre, o vice era mais presente no dia a dia do clube Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

20/06/2017 04h00

Depois de iniciar a gestão completamente afastado e ter até mesmo a sua saída especulada da diretoria do Palmeiras, Genaro Marino viveu dias de atuação intensa como primeiro vice-presidente de Maurício Galiotte.

O ex-diretor de futebol representou o clube no sorteio da Libertadores, em Assunção, na sede da Conmebol, e também participou da reunião com a entidade no dia seguinte, onde os clubes cobraram melhorias.

No voo para a capital do Paraguai, Genaro ainda conversou com os dirigentes do Fluminense em uma última tentativa para a contratação de Richarlison. Normalmente, o papo entre clubes ficava concentrado apenas com o presidente e com o diretor de futebol, Alexandre Mattos.

Galiotte e Genaro Marino conversam com Dorival e o então gerente Omar Feitosa em 2014 - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Galiotte e Genaro, na época vices, conversam com comissão do time em 2014
Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Antes disso, ele já havia passado a comparecer com maior frequência ao Allianz Parque para acompanhar os jogos do Palmeiras no camarote da diretoria. Enquanto Nobre era presidente, Genaro ia diversas vezes ao CT para bate-papos com a comissão e até mesmo para apresentar jogadores. Com Galiotte, isso havia mudado.

No início do mandato do atual presidente, diversos conselheiros, especialmente os ligados ao ex-presidente Mustafá Contursi, davam como certo que os vices Genaro, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli seriam colocados "na geladeira", já que, pelo estatuto, eles não poderiam ser retirados da função a não ser que tomassem a iniciativa de sair.

Os três votaram contra a entrada de Leila Pereira, dona da Crefisa, no Conselho Deliberativo do clube. Entre os quatro vices, apenas Antonino Jesse Ribeiro foi a favor dela. A decisão pelo veto foi tomada em conjunto pelo grupo do ex-presidente Paulo Nobre.

Genaro Marino conversa com a imprensa na época em que era diretor de futebol do Palmeiras - Diego Padgurschi / Folhapress - Diego Padgurschi / Folhapress
Genaro foi diretor de futebol do Palmeiras na década passada
Imagem: Diego Padgurschi / Folhapress

Não à toa, a aprovação da patrocinadora como conselheira foi a gota d'água para o rompimento entre Nobre e Galiotte. Na visão dos nobristas, no entanto, a reaproximação de Genaro não é um desrespeito aos ideais do grupo.

Na visão deles, Genaro cumpriu a função estatutária ao representar o clube na ausência do presidente. Galiotte estava na Austrália a convite da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para ser chefe de delegação nos amistosos da seleção brasileira.

Genaro é o mais ativo entre os vices no momento, mas isso não significa que ele tenha mudado de ideia sobre a presença da Leila no Conselho. A pessoas próximas, o vice explica que mantém a opinião sobre ela não ter tempo mínimo como associada para virar conselheira, mas que precisa dar prosseguimento aos projetos que ambos desenvolveram em parceria com Galiotte na época em que eram vice-presidentes de Nobre.