Grêmio emprega fórmula que revelou Walace atrás de novas promessas

Trocar jogadores por promessas e investir no desenvolvimento delas. Essa é uma das fórmulas do Grêmio para encorpar as categorias de base e identificar novas promessas. O modelo de negócio tem sido recorrente em 2017. A mais recente chegada com esse tipo de operação foi Herbert, 18 anos, zagueiro cedido pelo Vitória.

Herbert chegará para reforçar os times da base do Grêmio. O Tricolor tem, no contrato de empréstimo, duas opções de compra para os direitos do jogador.

A chegada dele foi uma contrapartida para o empréstimo de Wallace Reis. O zagueiro voltou da Turquia após falta de pagamento e acabou liberado para assinar com o ex-clube. Foi em Salvador que o antigo jogador de Corinthians e Flamengo começou a carreira.

O uso de jogadores fora dos planos para captar não é novidade. O caso mais célebre, dentro da nova política do clube para as categorias de base, ocorreu em 2013. À época, o Grêmio topou liberar Marquinhos ao Avaí. Exigiu, contudo, o envio de Walace como compensação. O volante chegou e dois anos depois se tornou titular absoluto do time. Em janeiro, ele foi negociado com o Hamburgo, da Alemanha, por 10 milhões de euros (R$ 33,6 milhões).

Em 2017 o Grêmio já buscou Martín Chaves, considerado uma joia da base uruguaia, no Peñarol. Também trouxe Jhonata, volante de 16 anos com grande cartaz na base do ABC. Jadson, destaque na Copa São Paulo pelo União Barbarense, também chegou.

Em recente levantamento feito pelo Footstats, o Grêmio aparece como clube que mais usou jogadores oriundos das categorias de base no Brasileirão. Até por conta dessa política voltada para a formação de novos atletas, o clube inovou neste ano e decidiu não jogar os estaduais sub-15 e sub-17. Em vez do torneio local, o Tricolor passou a excursionar pelo país e continente.