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Negociação em andamento explica não utilização de Ábila nos últimos jogos

Frequentemente utilizado, atacante só foi visto na reserva durante as últimos partidas - © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Frequentemente utilizado, atacante só foi visto na reserva durante as últimos partidas Imagem: © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

14/07/2017 16h24

Dos 42 jogos oficiais do Cruzeiro em 2017, o atacante Ramón Ábila é quarto jogador que mais entrou em campo pelo time. Apesar de nunca ter conseguido se firmar no time titular, o argentino sempre foi frequentemente utilizado por Mano Menezes e, mesmo na condição de reserva, ainda detém o posto de artilheiro da equipe no ano, hoje com 13 gols. Mas as recentes conversas em andamento entre Cruzeiro e Boca Juniors deixam um ar de indefinição no futuro do atleta e impedem que Ábila seja escalado novamente. Pelo menos é o que revelou Mano Menezes, que admitiu ter planos para utilizar o jogador ao longo do ano, mas apenas depois de resolvida sua permanência ou não em Belo Horizonte.

"Vejo essa situação como uma questão interna, pelo respeito que tenho que ter por tudo. A não utilização dele nos últimos jogos tem a ver com esse fato que está se decidindo. Não é porque ele deixou de ser opção para o treinador. Muito pelo contrário, é um jogador que vai ser extremamente útil se as coisas permanecerem como estão. É um atacante que a cada dois, três jogos, faz um gol. Você não desperdiça um jogadores desses, e ele sabe disso", comentou o treinador.

O interesse do Boca por Ábila surgiu há cerca de última semana. No início do mês, Ábila fez sua última partida pelo Cruzeiro, entrando no segundo tempo do clássico contra o Atlético-MG. Nas partidas seguintes contra Palmeiras e Atlético-PR, o argentino ficou no banco durante os 90 minutos. Com isso, Sassá e Rafael Marques passaram a ser as opções imediatas de Mano nesses compromissos.

Até aqui, Ábila foi titular do Cruzeiro por 14 vezes, mas entrou em campo por 32 vezes no total. Em números, sua presença só não supera a de outros três companheiros: Léo, Diogo Barbosa e Alisson jogaram por 35 vezes, cada.

Nesta semana, o Cruzeiro recusou a investida feita pelo Boca Juniors e apresentou uma contraproposta para liberar o atacante Ábila. A ideia dos gringos era quitar a dívida dos brasileiros com o Huracán, também da Argentina, avaliada em 1,5 milhão de dólares (R$ 4,77 milhões na cotação atual), e incluir parte dos direitos econômicos de Nicolás Colazo, além do empréstimo de Messidoro. Porém, o Cruzeiro pediu para envolver o atacante Marcelo Torres, revelação de 19 anos na negociação. Apesar de não ser uma tarefa fácil, a diretoria celeste aguarda a resposta dos argentinos para dar mais um passo rumo à venda ou não de Ábila.