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Diego Alves chega com carimbo de seleção e desafio de sete anos no Fla

Diego Alves - Gilvan de Souza / Flamengo - Gilvan de Souza / Flamengo
Diego Alves não escondeu a alegria com o novo desafio na carreira: sonho de títulos
Imagem: Gilvan de Souza / Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/07/2017 04h00

Demorou, mas a contratação de Diego Alves surge como um marco no gol do Flamengo. Há pelo menos sete anos, o Rubro-negro busca preencher o posto com um nome de confiança e capaz de transmitir segurança ao torcedor. Com o carimbo de jogador da seleção brasileira, o ex-Valencia - famoso por defender pênaltis - tem uma missão difícil pela frente, mas o departamento de futebol avaliou que possui as qualidades para cumprir o objetivo.

Desde Bruno, preso em 7 de julho de 2010 pelo assassinato de Elisa Samudio, o Flamengo tem problemas no setor. O goleiro, campeão brasileiro de 2009, era ídolo da torcida e uma referência no grupo. Àquela altura, a seleção brasileira aparentava estar cada vez mais próxima. O ocorrido foi um choque para todos e um drama difícil de solucionar na Gávea.

Marcelo Lomba, Felipe, Paulo Victor, César, Alex Muralha e Thiago. Todos passaram pela meta rubro-negra. Alguns com mais sucesso, outros nem tanto. Nenhum deles, porém, gozou do posto de “incontestável”. É exatamente assim que Diego Alves chega. Antes de entrar em campo, o pensamento da maioria da torcida em relação ao goleiro é positivo. Ele, inclusive, teve a contratação solicitada nas redes sociais em inúmeras oportunidades.

Aos 32 anos, Diego Alves soma 21 convocações para seleção brasileira. Jogou dez vezes com a amarelinha - nove vitórias e um empate. Ele é um dos cotados para defender o Brasil na Copa do Mundo de 2018. Também optou por voltar ao país e ficar ainda mais próximo do técnico Tite.A fama de pegador de pênaltis não é à toa. A média é de um defendido a cada dois cobrados. Foram seis neutralizados em 11 batidos na temporada 2016/2017. Considerado um autêntico “paredão” no fundamento, ele surpreendeu ao falar sobre a inegável qualidade na apresentação ao clube com o qual assinou contrato até dezembro de 2020.

"Isso se debate bastante, pois defendo muitos pênaltis. Sempre me perguntaram isso. Mas eu não gosto de pênalti. Estou sempre preparado, mas não gosto. Sou goleiro e preciso ser importante por isso. Me comunicar com os companheiros, parte tática. Sou o goleiro Diego Alves, não o pegador de pênaltis”, afirmou.

Conhecido pelo profissionalismo nos bastidores, Diego Alves trabalhou durante as férias para chegar na melhor forma possível ao Flamengo. A ideia é a de evoluir cada vez mais no tempo de reação, fundamental para um goleiro.

O preparador particular Leandro Franco foi o responsável por treiná-lo antes da assinatura de contrato com o Flamengo. Diego trabalhou antes e depois dos amistosos com a seleção brasileira na Austrália. Alex Muralha também passou pelas mãos de Franco entre 2011 e 2013, quando se destacou pelo Comercial de Ribeirão Preto.

“O Diego não parou de treinar. Realizamos trabalhos de força e reação específicos para um goleiro. Utilizamos laser e simulamos as situações de jogo que envolvem velocidade de reação. O objetivo foi deixá-lo bem nos aspectos físico e técnico”, explicou o preparador.

A expectativa é a de que Diego Alves inicie a trajetória no Flamengo contra o Corinthians, dia 30 de julho, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. O Rubro-negro quer resolver um problema antigo, enquanto o goleiro sonha com a Copa do Mundo. Parece um casamento perfeito. A conferir com a bola rolando.