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Presidente do Atlético explica demissão de Roger: "temos objetivos maiores"

De acordo com Daniel Nepomuceno, mudança de treinador é para manter o Atlético-MG na briga por títulos - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
De acordo com Daniel Nepomuceno, mudança de treinador é para manter o Atlético-MG na briga por títulos Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Enrico Bruno e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

20/07/2017 16h35

Poucas horas depois da demissão do técnico Roger Machado, o presidente Daniel Nepomuceno foi à Cidade do Galo para explicar a decisão pela troca no comando técnico do futebol. Em uma rápida entrevista coletiva, com uma introdução e apenas três perguntas, o mandatário alvinegro explicou à torcida os motivos que fizeram Roger Machado ser demitido com menos de sete meses de clube.

“É uma tarefa muito difícil demitir alguém. O Roger é uma pessoa séria, trabalhou bastante para que a gente conseguisse os resultados. Futebol é resultado. Pelo investimento que foi feito, não poderíamos ficar oscilando como aconteceu. O Estadual foi bom, mas temos objetivos maiores neste ano. Essa insegurança e o motivo de não encontrar soluções para as oscilações foram fundamentais. Assumo a responsabilidade junto com os jogadores. A gente espera resolver a situação o mais rápido possível", disse Daniel Nepomuceno, lembrando que o time ainda está nas disputas da Copa do Brasil e da Copa Libertadores.

Com a queda de Roger, o Atlético vai ter seu ter seu quarto treinador em 19 meses. Desde a saída de Levir Culpi, o último a ficar mais de um ano no comando técnico do Atlético, os demais treinadores tiveram uma média de pouco mais de seis meses no cargo. Diego Aguirre comandou o time de janeiro de 2016 até maio do mesmo ano. Em seguida chegou Marcelo Oliveira, que ficou de maio até novembro.

Agora, foi a vez de Roger Machado, que chegou com dois anos de contrato e perdeu o emprego menos de sete meses depois de iniciar o trabalho na Cidade do Galo. Essa excessiva troca de treinadores nos últimos anos também foi comentada por Nepomuceno.

“Nós fomos vice da Copa do Brasil, do Brasileirão, batemos duas vezes na trave e temos que levantar uma dessas taças. Chega um momento que fica insustentável, chega um momento que você tem que diagnosticar o erro o mais rápido possível. Faz parte da cultura, infelizmente, não gosto de refazer o planejamento, principalmente no meio da temporada. Essa demissão foi diferente das anteriores. Por toda a pressão que existe em cima do presidente, você tem que pecar pela ação e não pela omissão”.                       

Daniel Nepomuceno ainda avaliou o elenco do Atlético. Apontado por desequilibrado por parte da imprensa e também por alguns torcedores, o dirigente se diz satisfeito com os jogadores que estavam à disposição de Roger Machado.

“Não posso responsabilizar um ou outro jogador por jogos que tínhamos responsabilidade de ganhar. Se hoje há algum erro, é culpa do presidente, do elenco e da comissão técnica. Vi que estavam querendo achar um responsável. Colocaram dúvidas sobre os volantes, sobre os zagueiros e, agora, estão colocando dúvida sobre Robinho e Fred. É obrigação minha e deles melhorar esses números dentro de casa. Porque a gente não pode achar que é coisa normal perder dentro de casa”.

Por fim, Daniel Nepomuceno confirmou que o Atlético vai fazer algumas partidas no Mineirão. No entanto, o dirigente descartou que a opção seja pelo fraco desempenho no Independência, com apenas duas vitórias em oito partidas. O presidente do Galo lembrou da temporada 2016, quando o clube mandou dez partidas no Gigante da Pampulha.

“Vamos jogar também no Mineirão, como foi no ano passado. Não importa o campo, não podemos ter essa campanha como mandante”.