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Palmeiras aponta pressão como fator decisivo para queda e muda discurso

Jogadores do Palmeiras lamentam eliminação nos pênaltis contra o Barcelona-EQU - REUTERS/Paulo Whitaker
Jogadores do Palmeiras lamentam eliminação nos pênaltis contra o Barcelona-EQU Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

12/08/2017 04h00

O Palmeiras tentou minimizar o efeito da pressão que o time sofria pelos mais de R$ 100 milhões investidos para a formação de um time, mas não teve sucesso. O diagnóstico no clube é de que o excesso de cobrança pelo título da Libertadores atrapalhou o desempenho dos jogadores.

Cuca fala abertamente sobre o tema. Na coletiva de sexta-feira, o técnico indicou que esse é um dos fatores decisivos para não permitir que sua equipe conseguisse emplacar uma boa sequência e continuar nas competições que disputou até aqui.

Antes disso, o técnico afirma desde o seu retorno que o clube não tinha obrigação de nada e que a busca pelo título é muito difícil. Na semana que antecedeu o confronto contra o Barcelona-EQU, ele e o diretor de futebol, Alexandre Mattos, repetiram o discurso de que "depois do dia 9, vem o dia 10".

"Esse ano, por tudo o que foi falado, de ter obrigação de ser campeão, de ganhar tudo por causa do investimento... Isso foi horrível. Isso atrapalhou muito e pesa para todo mundo. As outras equipes conseguem jogar sem esse peso, é natural", avaliou o técnico.

Diretores e até o presidente, Maurício Galiotte, mudaram o discurso desde a eliminação e afirmam que o importante é sempre disputar a Copa Libertadores e que o título virá naturalmente. Frases como "só um time vai ganhar" e "o Palmeiras disputou 16 Libertadores e só ganhou uma" são recorrentes nas rodas de bate-papo.

A ideia é não tratar a temporada de 2017 como um fracasso total e usar uma vaga conquistada na Libertadores como prêmio de consolação. Ainda há esperança (pouca) de um título do Brasileiro e, para estar sempre no páreo, Cuca projeta que sua equipe precisa ser a campeã do segundo turno.

Ainda de acordo com o treinador, o Palmeiras mostrou recentemente que pode jogar um bom futebol e destacou que o time teve uma sequência de 11 jogos com aproveitamento superior ao do líder Corinthians.

"Temos tempo para trabalhar, mas meu time já tem uma cara. Nós tiramos o time do Atlético-PR para preservar para o Barcelona e acho que fizemos certo, porque eles renderam tudo o que podia, infelizmente não foi o suficiente. Se eles jogam domingo, o rendimento físico não ia ser bom. Antes desse jogo, a gente vinha numa sequência muito boa, parecida com a do líder Corinthians. A gente não vem mal no campeonato, com exceção do Atlético-PR. É retomar e buscar o título do 2º turno", finalizou.