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Entenda como chegada de Paulinho abala pupilo do Barcelona

David Ramos/Getty Images
Imagem: David Ramos/Getty Images

João Henrique Marques

Do UOL, em Barcelona

15/08/2017 04h00

Após uma temporada de sacrifício com a improvisação na lateral direita, Sergi Roberto fez um pedido no Barcelona: jogar na posição de ofício. Com moral no clube por ser formado nas categorias de base, o meio-campo teve o pedido atendido. Até que a chegada do brasileiro Paulinho fez o plano ruir.

Sergi Roberto já lamentava a falta de espaço com a concorrência de jogadores inquestionáveis como Sergio Busquets, Ivan Rakitic e Iniesta. Soma-se a isso as presenças de Arda Turan, Denis Suárez, André Gomes. Agora também com Paulinho, a participação frequente desejada é improvável.

Não à toa o site do jornal Sport exibiu a manchete: “Sergi Roberto quer ir embora” horas depois do anúncio da contratação de Paulinho. A reportagem diz que o jogador formado no clube pediu para ser negociado com Chelsea ou Manchester City, interessados na contratação.

Na temporada passada, sem reforço para a lateral direita após a saída de Daniel Alves, foi Sergi Roberto o escolhido na posição. O cenário só mudou recentemente com a contratação de Nélson Semedo por 30 milhões de euros.

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O moral no clube

O "alemão", como é chamado no vestiário do Barcelona por conta do cabelo claro, se aproximou do status que tanto esperava no clube. Formado em La Masia, a fábrica de talentos do Barça, ele sempre conviveu com a esperança de atingir o nível de Xavi ou Iniesta.

“O Sergi é um remanescente do que chamam de geração fracassada da La Masia”, comentou Roger Torrelo, repórter do jornal esportivo catalão, Mundo Deportivo. “Não é fácil vingar no Barcelona. Mas um jogador catalão, bom menino, habilidoso e agora com história rica dentro de campo, estará para sempre no coração dos torcedores”, complementou.

Sergi Roberto teve infância rica. O pai empresário e a mãe professora universitária criaram o menino em Reus, cidade próxima a Barcelona. Com 10 anos, ele foi levado ao Barça por um amigo da família. Clube que nunca mais deixou.

O menino de estrutura rara no futebol seguiu com vida ativa fora dos gramados. Em 2010, ao estrear no profissional com 18 anos, deixou a faculdade de administração de empresas.

Dentro de campo se destaca pela versatilidade

Sergi Roberto era bem visto pelo treinador Luis Enrique por conta da versatilidade. Foram mais de 20 jogos como titular na temporada passada, atuando nas duas laterais e em três posições diferentes no meio-campo.

A lateral direita, posição que em que mais atuou, não é a de origem. O volante passou a ser improvisado na função após a saída do brasileiro Daniel Alves.