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2° reforço mais caro, Cleber não estreia com Levir e deve ser negociado

Cleber não jogou uma partida sequer sob o comando do técnico Levir Culpi - Ivan Storti/Santos FC
Cleber não jogou uma partida sequer sob o comando do técnico Levir Culpi Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

16/08/2017 04h00

O zagueiro Cleber, segunda contratação mais cara do Santos na temporada, figura na estatística dos poucos jogadores que ainda não atuaram com o técnico Levir Culpi. Comprado por R$ 7,3 milhões do Hamburgo (ALE), o defensor que chegou para ser titular absoluto hoje virou a última opção do setor.

A diretoria do clube busca interessados ainda nesta janela de transferências para tentar diminuir o prejuízo e, principalmente, a pressão em torno do investimento. Caso isso não ocorra, a cúpula alvinegra cogita até empréstimos ou transferência em definitivo para clubes do futebol brasileiro no fim desta temporada.

Levir já disse publicamente que dará a sua opinião aos dirigentes sobre a possível negociação de jogadores, mas que não interfere nas decisões tomadas.

Cleber estreou sendo expulso diante da Ferroviária, em 18 de fevereiro, pela quarta rodada do Campeonato Paulista, e jamais engrenou grande série como titular com o antecessor de Levir, o técnico Dorival Júnior.

O jogador foi muito questionado por seu desempenho principalmente na derrota por 1 a 0 no clássico contra o Corinthians, também pelo Estadual, e passou a conviver com lesões e desconfiança, atuando somente em 10 dos 47 jogos do Santos no ano, ou seja, 21,2% das partidas.

Em abril, o UOL Esporte apurou que Dorival Júnior deixou escapar que o atleta possui um problema sério no joelho e, por isso, preferiu deixar o jogador fora da equipe titular e até do banco de reservas.

O departamento médico do clube confirmou que Cleber possui "geno varo", uma espécie de desalinhamento do joelho esquerdo, mas fez questão de afirmar que o problema não limita o zagueiro de jogar futebol.

O desempenho é o exato contraponto do atacante Bruno Henrique, que custou R$ 14 milhões e foi o principal investimento no ano. O jogador é o artilheiro da equipe na temporada, com 13 gols, e um dos líderes de assistências do Campeonato Brasileiro.

Curiosamente, a dupla titular e hoje de confiança do treinador, formada por Lucas Veríssimo e David Braz, começou o ano em baixa.

Veríssimo era a última opção no setor, enquanto Braz havia perdido espaço para uma defesa mais jovem: formada por Luiz Felipe e Gustavo Henrique. Para piorar, o experiente jogador começou a atual temporada em recuperação de lesão, só estreando somente em março, no empate por 1 a 1 contra o Sporting Cristal (PER), fora de casa, pela Copa Libertadores da América.

“O Santos foi o clube que eu dirigi com o maior número de bons zagueiros. Nós temos seis, o que é bom, mas é um problema que tenho para resolver”, disse o treinador.

Além deles, Gustavo Henrique já retornou de lesão ligamentar no joelho e foi muito elogiado pelo treinador santista. Levir também tem dado oportunidades ao argentino Fábian Noguera, outro zagueiro a frente de Cleber. Ainda há a iminente volta de Luiz Felipe, que deve tirar ainda mais o espaço do jogador.

Cleber quase foi negociado com o rival São Paulo, mas a transferência acabou sendo cancelada mesmo com as partes bem encaminhadas para um desfecho. Mais uma vez, a principal dúvida girou em torno do estado clínico do jogador. Os são-paulinos, posteriormente, contrataram para a posição.