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Elias mantém confiança no projeto do Galo: "não se forma campeão em um ano"

Elias foi o autor do gol do título do Atlético-MG sobre o Cruzeiro, no Mineiro - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Elias foi o autor do gol do título do Atlético-MG sobre o Cruzeiro, no Mineiro Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

16/08/2017 04h00

Contratado junto ao Sporting, de Portugal, por 2,5 milhões de euros (R$ 8,4 milhões à época), Elias desembarcou em Belo Horizonte seduzido pelo projeto do Atlético-MG.

O presidente Daniel Nepomuceno foi a Lisboa para se reunir com o jogador e apresentar o planejamento. Na conversa, reforçou o desejo de conquistar títulos importantes, como Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores.

Os três objetivos já se tornaram passado em 2017. O Galo foi eliminado pelo Botafogo nas quartas de final da Copa do Brasil, deixou a Libertadores ao perder para o Jorge Wilstermann, da Bolívia, nas oitavas de final e ocupa a 11ª colocação do Brasileiro, com 26 pontos, 21 a menos que o líder Corinthians, que ainda não jogou pela 20ª rodada.

Todas as frustrações não desapontam o principal investimento do clube para a temporada. Pelo contrário. Elias crê que ainda é possível faturar taças pela equipe, até porque seu contrato se encerra em dezembro de 2019.

"Uma equipe vencedora não se faz em um ano. É uma sequência de trabalho, de filosofia com o treinador. A equipe tem tudo para crescer. Tem grandes jogadores, equipe experiente, com pouca juventude. Você vê garotos, como o Blanco e o Pablo, que atuou bem quando entrou. Não é fácil. Neste ano, quem está bem é o Grêmio e o Corinthians. E só o Corinthians ganhou título. A gente sabe da nossa parcela de culpa, mas tem que mudar um pouco a filosofia, a forma de trabalhar", afirmou.

Aos 32 anos, Elias é um dos jogadores mais experientes do elenco, com passagem pela Europa, onde defendeu Sporting (duas vezes) e Atlético de Madrid, e temporadas vitoriosas em Flamengo e Corinthians. Na Cidade do Galo, ele tem a incumbência de um líder e não foge da responsabilidade:

"Nós, mais velhos, sempre vamos dar as caras. A gente sabe da nossa responsabilidade, a gente ganha bem para isso, para estar à frente na hora de chamar a responsabilidade. Não vai ser agora, com a equipe em um momento ruim, que a gente vai fugir disso", disse.